socorro! eu não consigo me concentrar. socorro! eu não sei o que anda acontecendo em minha vida. socorro! eu perdi o caminho, e agora me resta só um dia.
eu não sei mais, e nunca sei, porque terei de saber? mais uma vez, eu perdi as coordenadas do destino, mas não me apavoro. tanto faz agora. que importa se nada der certo, se mais uma lágrima cair, e se o pulso insistir em sangrar?
me importa não viver tão triste, como se tivesse perdido a cor do dia, como se não houvesse surpresa no dia. tanto faz agora, se você cometer o mesmo erro comigo, e tanto faz se ninguém se importar. pois, a minha dor já se emancipou, e preferiu achar um lugar onde as raízes ainda sejam novas.
é inevitável viver a desilusão, pois que tanto faz, ela já faz parte da história, e se abriga o mesmo lugar que o meu, será então fruto maduro de mim.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
eu não me sinto bem
quando sonho e não durmo
quando durmo e não sonho
depois de ter andado
por tantas esquinas
e só sentir meu pés rangerem
(não sei por que, minha cabeça dói calmamente, e eu na minha mania de querer entender.)
meu corpo no espaço
o espaço no meu corpo
e tudo se expande, ou retrai
(quem sou eu no espaço? como o espaço faz de meu corpo Corpo? ou eu esqueço do meu corpo no espaço? e ou talvez, o espaço se esqueça do meu corpo, e talvez os dois de tornem mutuamente irrelevantes.)
eu não me aguento
quando tenho algo
e preciso de uma via
e se ela não existir, a via, o que o algo faz de mim?
quando sonho e não durmo
quando durmo e não sonho
depois de ter andado
por tantas esquinas
e só sentir meu pés rangerem
(não sei por que, minha cabeça dói calmamente, e eu na minha mania de querer entender.)
meu corpo no espaço
o espaço no meu corpo
e tudo se expande, ou retrai
(quem sou eu no espaço? como o espaço faz de meu corpo Corpo? ou eu esqueço do meu corpo no espaço? e ou talvez, o espaço se esqueça do meu corpo, e talvez os dois de tornem mutuamente irrelevantes.)
eu não me aguento
quando tenho algo
e preciso de uma via
e se ela não existir, a via, o que o algo faz de mim?
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
eu não sei bem o que dizer, as pessoas sempre tem o que dizer, ou esperam algo definido de você.
eu simplesmente queria um momento para poder expressar que eu não sei, mesmo abrigando tudo o que eu sei dentro de mim.
... calma, só não faça uma confusão diante de minhas ideais quanto eu já as fiz.
em mim tudo é muito convicto e estático, está tudo determinado em seu grau de emoção e distorção natural, eu só não sei até que ponto tudo é digno de realidade ou não, e isso me enlouquece.
eu sinto tudo muito ao mesmo tempo, e eu não acho o momento de discernir sobre cada uma com propriedade e lucidez. já que a minha, a sua lucidez, a dele, e de todos nós, está envolta de interferências sem referências.
eu sempre me questiono sobre qual é a sensatez das coisas, ou o razoável delas, e tá, eu sempre sei, mas na hora em que estou submersa no meu próprio fluxo interno, eu nunca sei, e daí me sinto como se estivesse navegando em alto mar, sem nem saber onde se dá o norte.
e aí, eu me encontro no ápice do lapso de todas as informações que me dominam, pois eu já não as domino mais, e bom, nesse momento, ou eu me entrego sem ter medo - o que é mais difícil - ou me controlo e me contorço a ponto de buscar um chão, que eu não encontro em dado instante.
afinal de contas, nesse cenário controverso, distante e íntimo, eu já não sei de mais nada, mas eu sempre espero que alguém saiba por mim, porém por outro lado, me sinto intocável por qualquer outro ser. ou seja, me acostumei e me entregar a um labirinto, que eu conheço muito bem, só desconheço da existência do fim dele.
eu simplesmente queria um momento para poder expressar que eu não sei, mesmo abrigando tudo o que eu sei dentro de mim.
... calma, só não faça uma confusão diante de minhas ideais quanto eu já as fiz.
em mim tudo é muito convicto e estático, está tudo determinado em seu grau de emoção e distorção natural, eu só não sei até que ponto tudo é digno de realidade ou não, e isso me enlouquece.
eu sinto tudo muito ao mesmo tempo, e eu não acho o momento de discernir sobre cada uma com propriedade e lucidez. já que a minha, a sua lucidez, a dele, e de todos nós, está envolta de interferências sem referências.
eu sempre me questiono sobre qual é a sensatez das coisas, ou o razoável delas, e tá, eu sempre sei, mas na hora em que estou submersa no meu próprio fluxo interno, eu nunca sei, e daí me sinto como se estivesse navegando em alto mar, sem nem saber onde se dá o norte.
e aí, eu me encontro no ápice do lapso de todas as informações que me dominam, pois eu já não as domino mais, e bom, nesse momento, ou eu me entrego sem ter medo - o que é mais difícil - ou me controlo e me contorço a ponto de buscar um chão, que eu não encontro em dado instante.
afinal de contas, nesse cenário controverso, distante e íntimo, eu já não sei de mais nada, mas eu sempre espero que alguém saiba por mim, porém por outro lado, me sinto intocável por qualquer outro ser. ou seja, me acostumei e me entregar a um labirinto, que eu conheço muito bem, só desconheço da existência do fim dele.
sábado, 3 de dezembro de 2011
o dia em que perdi a paz
meus olhos rodopiaram
ouvi um grito lá longe
o mal trato era latente
não se sabe bem o que aconteceu
só se sabe que se perdeu
tudo o que queria
era não ter de reagir
apenas esperar o tempo purificar
todas cinzas sob meu corpo estendido
mas isso não era possível
e a noite esquentava
perdurava o instante em suas pálpebras
depois disso só restou silêncio
e nada mais
ouvi um grito lá longe
o mal trato era latente
não se sabe bem o que aconteceu
só se sabe que se perdeu
tudo o que queria
era não ter de reagir
apenas esperar o tempo purificar
todas cinzas sob meu corpo estendido
mas isso não era possível
e a noite esquentava
perdurava o instante em suas pálpebras
depois disso só restou silêncio
e nada mais
ando sentido os amadurecimento das folhas
assistindo o ciclo retornar
e percebendo que os tons mudam
mas a essência, o centro, permanece
ando tão quieta e passiva
os dias passam, e vão construindo o passado
mas é como se não houvessem passado os dias
tudo parece igual
e vou percebendo que não disse adeus
somente à infância, mas também à minha juventude
dizer adeus sem querer dizer adeus
olhá-lo ir embora, o querendo agora no presente
todos os dias eu sinto como se abrigasse um baú
na minha garganta, boca e maxilar
é tanta coisa a dizer, mas tudo descansa em meu coração
meus olhos consentem, e adormecem como quem
só quer sonhar
assistindo o ciclo retornar
e percebendo que os tons mudam
mas a essência, o centro, permanece
ando tão quieta e passiva
os dias passam, e vão construindo o passado
mas é como se não houvessem passado os dias
tudo parece igual
e vou percebendo que não disse adeus
somente à infância, mas também à minha juventude
dizer adeus sem querer dizer adeus
olhá-lo ir embora, o querendo agora no presente
todos os dias eu sinto como se abrigasse um baú
na minha garganta, boca e maxilar
é tanta coisa a dizer, mas tudo descansa em meu coração
meus olhos consentem, e adormecem como quem
só quer sonhar
terça-feira, 29 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
acordo adormecida, dou três passos, diante da cama com os lençóis enrugados, e é claro em meu rosto que estou demasiada em mim mesma, num fluxo constante, imersa na solidificação de meu indivíduo, nada está tão claro na verdade, mas nem tão obscuro; a mesmice me dá fadiga, ser comum nunca foi comigo, mas se me atenho a ser assim, sou sugada por todos as brechas possíveis, e me desfaço de meu imponente ímpeto; eu vou divagando, divagando por aí, tão silenciosamente, que quase não escuto, as vezes minha voz vêm numa ausência tão grande que me pega como um berro escandalizado: eu não sei o quanto vejo de mim, e o quanto perco das coisas; na minha solidão eu perco a cada instante, e venço a todo momento, gosto da minha solidão, pois ela é sincera, fiel, e presente, pode ser loucura, mas acho que mais vale ela, do que ter consigo desatinos humanos, nela posso saborear minhas mais puras emoções e destilá-las aos meus temperos favoritos, não é preciso qualquer tipo de comunicação, pois ela já está em mim, o prazer que tenho de permanecer calada comigo, em alto tom, não tem preço.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
tudo piora o tempo todo
eu não consigo controlar meus dedos
minha ansiedade que é pura insegurança
transborda sobre meu peito
eu observo o olhar que me atinge
e só vejo desesperança
os que sorriem só se enganam
pois de outro jeito não conseguem viver
eu não consigo controlar meus dedos
minha ansiedade que é pura insegurança
transborda sobre meu peito
eu observo o olhar que me atinge
e só vejo desesperança
os que sorriem só se enganam
pois de outro jeito não conseguem viver
eu não posso mentir
o mundo foi infectado pelo pessimismo
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
... Antonieta
sofria por ter que constituir um corpo, que tinha um determinado peso e
doenças, que não pudesse vagar por aí livre de condicionamentos; por ter de se
apoderar de coisas, que eram somente coisas e não chegariam a lugar algum, e iriam
se decompor como ela, mas pior, não podiam nem transcender o estado de
coisas, ao contrário dela, que poderia transcender o estado de corpo.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
eu simplesmente não entendo
a agressão está por todos os lados
você a apoia?
dê-me um argumento suscito que valha.
não importa se ela é
particular ou social
qualquer tipo dela só desmoraliza mais o estado em que estamos
pense rapidamente
qualquer tipo de repressão
lhe causou uma conseqüência
em algum grau negativo
se você está realmente
se importando com o que move o mundo,
os interesses alheios, e não só com o que é proclamado na TV
saberá que há algo a fazer, porra!
cansei. você não cansou?
do comodismo alheio... e pior, do seu?
faça algo! pare de só observar e achar que está mudando algo em torno de si.
já viu alguma mudança significante fazer a diferença?
FAÇA!
eu cansei dessa mesmice alheia e emburrecidamente comodisda!
a agressão está por todos os lados
você a apoia?
dê-me um argumento suscito que valha.
não importa se ela é
particular ou social
qualquer tipo dela só desmoraliza mais o estado em que estamos
pense rapidamente
qualquer tipo de repressão
lhe causou uma conseqüência
em algum grau negativo
se você está realmente
se importando com o que move o mundo,
os interesses alheios, e não só com o que é proclamado na TV
saberá que há algo a fazer, porra!
cansei. você não cansou?
do comodismo alheio... e pior, do seu?
faça algo! pare de só observar e achar que está mudando algo em torno de si.
já viu alguma mudança significante fazer a diferença?
FAÇA!
eu cansei dessa mesmice alheia e emburrecidamente comodisda!
terça-feira, 8 de novembro de 2011
lembro-me de usurparem minha dor
a raiz mais íntima dela e de mim
vozes escandalizavam como algo banal
como se fosse uma puta estupidez louca
cansei de todos e seus inúteis julgamentos
me rebelo contra todos
tô farta da alheia mediocridade invasiva
não brinque com a minha dor
só eu sei o quanto ela é profunda
e a impotância, de como que ela me move
as pessoas nunca entendem umas às outras
porque são todos sentimentais mesquinhos e peçonhentos
a raiz mais íntima dela e de mim
vozes escandalizavam como algo banal
como se fosse uma puta estupidez louca
cansei de todos e seus inúteis julgamentos
me rebelo contra todos
tô farta da alheia mediocridade invasiva
não brinque com a minha dor
só eu sei o quanto ela é profunda
e a impotância, de como que ela me move
as pessoas nunca entendem umas às outras
porque são todos sentimentais mesquinhos e peçonhentos
domingo, 30 de outubro de 2011
ai que saco!
tô cansada dessa chamada constante
já chega desse sonho sem destino
eu nem sei o que pensar
desejo o que for real
e se o que for real, for abstrato, melhor
prefiro reticências à interrogação
eu prefiro nem lembrar
deixei de dá vazão ao imprevisível
que à ele só lhe resta algo determinado
e a mim sobra o que for imeditato
tô cansada dessa chamada constante
já chega desse sonho sem destino
eu nem sei o que pensar
desejo o que for real
e se o que for real, for abstrato, melhor
prefiro reticências à interrogação
eu prefiro nem lembrar
deixei de dá vazão ao imprevisível
que à ele só lhe resta algo determinado
e a mim sobra o que for imeditato
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
tô cansada de tanto baratísmo
sejam mais vocês
busquem mais suas próprias verdades
estejam presentes enquanto algo
cansei de ouvir meias verdades
cansei de gesticulação barata
cansei disso tudo que você projeta ser
cansei desse modernismo enxugado
porque cada um possui algo muito pessoal
uma personalidade singular e própria
e não precisa copiar ou fingir ser
cada um é um, e eu sei, você saberá
cansei dessa merda que você acredita ser
sejam mais vocês
busquem mais suas próprias verdades
estejam presentes enquanto algo
cansei de ouvir meias verdades
cansei de gesticulação barata
cansei disso tudo que você projeta ser
cansei desse modernismo enxugado
porque cada um possui algo muito pessoal
uma personalidade singular e própria
e não precisa copiar ou fingir ser
cada um é um, e eu sei, você saberá
cansei dessa merda que você acredita ser
terça-feira, 18 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
são possibilidades
tem coisas de que só fujo
e é melhor
há outras que não consigo outro meio
e é pior
ter coragem e admitir
o que se quer
mostrar seus sentimentos
e temer por uma resposta
é tão doloroso quanto não fazer
é melhor não esperar
um sinal do além que te reconforte
basta seguir puro e adiante
tem coisas de que só fujo
e é melhor
há outras que não consigo outro meio
e é pior
ter coragem e admitir
o que se quer
mostrar seus sentimentos
e temer por uma resposta
é tão doloroso quanto não fazer
é melhor não esperar
um sinal do além que te reconforte
basta seguir puro e adiante
sábado, 15 de outubro de 2011
certa coisas e pessoas não mudam
há momentos que minha vontade é
mandar o universo todo à merda
minha rebeldia, por exemplo, não muda
continua fiel à parceira
mas eu só quero isso, isso tudo
quando me canso, quando o vídeo
se repete pela quinquagésima vez
eu solto um berro inaudível
e condeno quem pertence a ele
não é por ser má, é porque
eu já tô de saco cheio, com os miolos cheios
e pra mim não faz diferença
que tudo exploda. se eu pensar demais
minha rebeldia se torna revolta
e aí, pra reverter é muito pior
é melhor eu soltar um berro mas que todos ouçam
há momentos que minha vontade é
mandar o universo todo à merda
minha rebeldia, por exemplo, não muda
continua fiel à parceira
mas eu só quero isso, isso tudo
quando me canso, quando o vídeo
se repete pela quinquagésima vez
eu solto um berro inaudível
e condeno quem pertence a ele
não é por ser má, é porque
eu já tô de saco cheio, com os miolos cheios
e pra mim não faz diferença
que tudo exploda. se eu pensar demais
minha rebeldia se torna revolta
e aí, pra reverter é muito pior
é melhor eu soltar um berro mas que todos ouçam
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
as vezes pareço indiferente
fria, demasiadamente estranha
isso nada tem haver com você
sempre na hora do adeus
se a minha expressão cair
isso nada tem haver com meu apreço
todo momento que me esquivo
inconscientemente, é o meu momento
tudo isso tem haver com a minha necessidade de mim mesma
aos meus amigos
fria, demasiadamente estranha
isso nada tem haver com você
sempre na hora do adeus
se a minha expressão cair
isso nada tem haver com meu apreço
todo momento que me esquivo
inconscientemente, é o meu momento
tudo isso tem haver com a minha necessidade de mim mesma
aos meus amigos
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
se eu dissesse que ainda o amo, isso faria alguma diferença?
ou só serviria para alimentar e massagear seu ego, e continuar andando?
quantas vezes fomos ou somos sinceros em relação ao que sentimos?
desde quando assumimos o que realmente pulsa dentro de nós?
e conseguimos expressar isso olhando no olho de cada um?
quantos mecanismos usamos para ter de conviver com tudo o houve?
tanto em relação aos ruins, e aos bons
quantas tentativas já usamos para esquecer um ao outro?
quantas perdições e achismos já nos metemos para dar um basta?
quantas interrogações cabem no nosso peito e aniquilamento?
a mim não resta mais certezas, o que me resta sou eu
não acho que dizer o que eu penso resolva
por isso, se viver é etecetera, amar é interrogações-eteceteras
ou só serviria para alimentar e massagear seu ego, e continuar andando?
quantas vezes fomos ou somos sinceros em relação ao que sentimos?
desde quando assumimos o que realmente pulsa dentro de nós?
e conseguimos expressar isso olhando no olho de cada um?
quantos mecanismos usamos para ter de conviver com tudo o houve?
tanto em relação aos ruins, e aos bons
quantas tentativas já usamos para esquecer um ao outro?
quantas perdições e achismos já nos metemos para dar um basta?
quantas interrogações cabem no nosso peito e aniquilamento?
a mim não resta mais certezas, o que me resta sou eu
não acho que dizer o que eu penso resolva
por isso, se viver é etecetera, amar é interrogações-eteceteras
domingo, 9 de outubro de 2011
"calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa"
todos os dias levantamos nosso espírito com um simples e puro objetivo,
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa"
todos os dias levantamos nosso espírito com um simples e puro objetivo,
de vez enquando, na maioria, ele está oculto, obscuro, vagando sobre nossa aura;
se o amor lhe dá um terreno de plenitude, ele é o norte, o paraíso perdido,
é a nossa missão, nosso dharma, karma, nossa obstinação, que parece estar alheia a nós.
todo dia o corpo range, grunhe e pede, pois ele não deseja somente o amor romântico,
ele quer tocar com suavidade a alma de todo o mundo, sentir a coexistência em alfa;
se libertar ao encontro de tudo que abriga vida, expandir num gozo dentro do útero.
se eu pudesse mensurar o que realmente sinto
tal como meus sentimentos perambulam sobre mim
tal como o universo me chama o tempo inteiro
e eu não quero ouvir,
tal como o movimento da minha vida me traduz
tal como o encontro e o desencontro me explica
e eu não quero entender,
tal como eu me perco
tal como eu me faço e desfaço, faço só pra desperceber
e eu não quero assumir que nada é de verdade
tal como não revelo quem sou
tal como eu não me permito ser qualquer um
e eu que resisto a receber alguém dentro de mim
tal como meus sentimentos perambulam sobre mim
tal como o universo me chama o tempo inteiro
e eu não quero ouvir,
tal como o movimento da minha vida me traduz
tal como o encontro e o desencontro me explica
e eu não quero entender,
tal como eu me perco
tal como eu me faço e desfaço, faço só pra desperceber
e eu não quero assumir que nada é de verdade
tal como não revelo quem sou
tal como eu não me permito ser qualquer um
e eu que resisto a receber alguém dentro de mim
eu fiz tudo o que podia
cotinuo na vaga repetição
fiz do meu pior, o melhor
sempre tem alguém a me questionar
eu vou me arrepender?
sempre vou, ou nunca vou.
eu sou teimosa demais
no fim de tudo, não há
uma só resposta, para uma única pergunta
tudo é tão amplo quanto minhas inquietações
e eu não me basto por aí
cotinuo na vaga repetição
fiz do meu pior, o melhor
sempre tem alguém a me questionar
eu vou me arrepender?
sempre vou, ou nunca vou.
eu sou teimosa demais
no fim de tudo, não há
uma só resposta, para uma única pergunta
tudo é tão amplo quanto minhas inquietações
e eu não me basto por aí
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
o passado não faz mais sentido
houve uma cisão entre o serei e o era
há tanta mágoa que só retou vento
são difíceis momentos como esse
eu sinto no movimento deste sorriso
seguido do inseguro desânimo ou, desengano
tudo parece dolorasamente esperançoso
porque a verdade cai como pedra
e tudo pode parecer mentiroso
você se sente perdido como indivíduo
e ninguém pode resgatá-lo
só o que crê e confia indubitavelmente
sabe a música dos novos baianos?
"... o seu amor, ame-o e deixe-o"
"... ir aonde quiser" "... ser o que ele é"
bom, hoje eu só acredito no amor
se assim for
se assim for: leve, livre e circular
o nosso amor não pode ser uma coisa estancada
por um único ser
deve ser algo contínuo, como o fluxo da vida
querer alguém só pra si é tão desesperador
quanro temer a vida só
por favor, tenhamos olhos para não cair
neste segmento higienizado e prisioneiro
a vida é tão constante, cheia de vida, e além.
tão aberta, e cheia de ar, de Sol, e estradas
para parar no primeiro passo absorvente
enxerguem! o quanto há depois do horizonte,
mais distante; o amor interno, alterno, externo e eterno
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
todos são carentes à sua maneira
e os mesmos a manifestação numa vírgula, na deixa
nessa interrogação que está como um pêndulo no meu coração
no espaço entre os passos, na medida de um sim
num suspiro psicológico e silenciado
me desculpa se eu, mais uma vez, errei no feitio
é que na verdade eu estou setenciada somente a tentar
e eu só estava, mais uma vez, tentando
inventando, remontando, andando, pensando
e tentando vôo
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
o que eu faço quando o meu coração palpita?
eu perco o sono, me entrego, e fico num círculo vicioso.
há coisas que você não entenderia, só eu.
por isso, pra quê dizer?
eu tenho muito o que vencer, e eu só vô conseguir se me concentrar.
e me desviando tanto, eu perco a hora do meu trem.
por isso me ocupo.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
hoje tanto faz a opção, eu só quero o que vier de mim.
não me venha com palavras doces, nem pense em explicações, muito menos argumentos.
sou muito auto-suficiente pra me sujar ainda mais nessa vida, e muito fraca pra aceitar qualquer sugestão.
só eu saberei do meu valor, ninguém deve enxergá-lo, pois que está dentro de mim, e quase ninguém chega a tal planalto.
todas as relações são superficiais e movidas por vaidade, você me procura se houver necessidade, vice-versa, (...).
o nosso papo, por exemplo, de meia-hora atrás tem pouco para ser extraído, e assim segue os moinhos.
eu me pergunto todos os dias: o que vale mais a pena viver, essa mentira-convencional-ilusóriamente-feliz ou, "a verdade sem medo de pagar o preço por ela". eu não sei qual é a minha resposta, eu oscilo entre elas o tempo inteiro.
eu descobri que não preciso de ninguém, e sabendo disso, me sinto livre. sem as algemas incessantes de buscar um vácuo ouro no outro.
eu somente tenho que conviver com elas sem querer nada delas. e assim o que me é dado será tão especial quanto qualquer.
eu perdi todas as palavras, no vão, de mim, desse copo de uísque com cerveja, só me falta eu, na verdade, não falta eu, falta um quê de censura, porque com a loucura ou sem, meus dias são sempre: uma vertigem alucinante dos meus desejos, receios, e emoções; o certo e o errado são dois pontos tão distantes, como tão próximos um do outro, eu e você somos o meio entre o certo e o errado, enquanto temos medo de admitir em que ponto nos sentiríamos mais satisfeitos - o mundo me assusta, e ao mesmo me impulsiona, sem ele eu não vivo, com ele eu morro
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
eu não sei mais o que pensar do mundo
cada hora uma surpresa nova
percebi que nunca estarei preparada para nada
a vida simplesmente é
e naturalmente se reage à ela
eu mentalizo meus sonhos
mas o mundo é tão arbitrário que eu desconfio
mas treino minha segurança e esperança
acho que assim as coisas chegam ao seu lugar
mais próximo do ideal
cada instante inesperado é um pedaço do meu descanso
sábado, 6 de agosto de 2011
primeiro dia que provei a incomunicação dos deuses.
uh. que dia.
tanta coisa. tantos sinais.
nem sei por qual começar, e que significado dar.
não ouso mais dizer o que é certas coisas.
se o cosmos me disser é isso, ok. se não, sei lá eu.
só sei que toda vez que desisto de você.
o céu me envia alguém ao meu caminho pra lembrar você.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
muitos convites, nenhum interesse
ouvi dizer que os astros não estão sabendo se comunicar
hoje me chamaram de escorpiana
e respondo, eu estou com plutão no ascendente
nada fácil - eu pensei, muito intenso - eu diria
muita solidão, muita dor, poder e transformação
se a cada dia sou um, você nem chegou a me conhecer
e eu, a conseguir me descrever
a volúpia da vida me altera
e continuo procurando um sentido para o fim da frase
sexta-feira, 29 de julho de 2011
dessa vez eu fui embora mais cedo
sabe.
ao passo que pode ter sido mais tarde
essa relatividade me mata
cada dia tudo parece mais
cada dia tudo parece menos
eu me orgulho de minhas atitudes
e me desfaço com outras nem tanto
porém, uma coisa é certa
tudo está certo
o que é errado acaba por si só
eu já falei isso né?
quinta-feira, 28 de julho de 2011
pintarei minha unhas de vermelho
meu céu da boca lateja
minha líbido inflama
eu deixo até eu desperceber
porque assim é mais fácil
se meu corpo me consome
minha mente se distrai
e, o meu amor se transforma
mas não se desfaz
nada disso importa
apenas ao pé do ouvido
que sussuro verdade minhas
nem meias, nem tampoucas
porque se o que sinto é tudo ilusão
eu prefiro ser um sonho
segunda-feira, 25 de julho de 2011
eu queria poder botar pra fora, o que sinto agora, mas não dá.
é um sentimento indizível, que me arremata em um segundo.
o engraçado é que ele pode ser arrematado no mesmo instante.
por mais que eu ceda uma lágrima, e deixe meu peito falhar de dor.
eu tenho vergonha da dor, da minha dor, tento protegê-la de mim mesma.
não quero enxergar nada antes-além dela.
eu quero expulsá-la de mim.
eu não entendo problemas que não tem solução.
domingo, 24 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
pois é, tinha algo errado.
mas ao mesmo tempo que acontece algo errado, acontece algo bom.
e eu fico dividida entre os dois acontecimentos.
não sei qual valorizar mais, e se valorizar os dois, não sei qual é maior que o outro.
eu me sinto um criança crescendo cada vez mais rápido.
as vezes sinto que estou atrasada, as vezes de pressa demais.
não sei ao certo qual é meu ritmo, muito menos as vezes, qual é o sentido.
mas um sentido sigo, sempre. e as vezes mudo. e as vezes machuco os outros, ou eu mesma.
eu fico tão insegura no caminho, no andar, no passar de um pé pro outro, que nem sei.
mas talvez essa minha instabilidade me traga muitos frutos, alguns muitos maduros, outros muitos verdes.
nada é certo, de certo eu tenho somente a vida dentro de meu corpo.
cada dia é um, no perigo de encontrar, ou se perder.
terça-feira, 19 de julho de 2011
não sei porquê (na verdade, talvez eu saiba), mas invariavelmente acho que você mente, inventa, esconde algo, que sei lá o quê de quê, não quer revelar.
me vêm como um sentimento tão triste, e de repulsa, como quem reage óbviamente, não confio em você. e isso é tão convicto que prefiro deixar em silêncio e não entrar em discórdia.
se há dúvida, há apenas uma certeza, não me valeu o mal, além do bem.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
tenho sentido que algo está errado
há algo errado? tem algo errado.
meus sentimentos estão atrasados,
correndo com o ponteiro do relógio,
sem encontrar um espaço na minha agenda.
me organizar me organizar
limpar os lençóis e fazer um chá quente
meu corpo, meu livro, meu sono
tá tudo impedido no tempo
fiz um piercing, transformei-me-ei
eu necessito de mudança, ou
é ela que necessita de mim?
tenho lido bastante, sorrindo aos cotovelos
e procurado um porto de calma no céu
eu acho, desacho, monto, desmonto
quinta-feira, 14 de julho de 2011
eu ando envelhecendo
segundos a segundos
sangue a sangue
tomei duas cervejas hoje no bar
me emudeci e perdi a vírgula da conversa
pensava muito distante
tão distante que não poderia desvendar meu pensamento
num momento atrás
pensei no passado ainda presente
me perdi por entre ele
e deixei que todos notassem
sem que eu mesma percebesse
de tão sincero que era
senti como minhas pálpebras caiam
e minha atenção se ia
sexta-feira, 1 de julho de 2011
quinta-feira, 30 de junho de 2011
nas noites de inverno me escondo no escuro da madrugada a te espiar, penso repenso delíro, e me perdendo vou me construindo.
perpassa entre minhas ventas frias verdades sobre você, verdades incertas, verdades medrosas, verdades ousadas, sem pé nem cabimento, com justa causa e pedido de perdão e distanciamento.
são verdades opostas ao meu desejo, e o meu anseio se desfaz, refaz minha postura, e permite a mim começar toda uma nova história.
se eu tivesse desisitido desde a primeira vez, será que tinha me enfeitiçado como tal agora?
mas não faz meu perfil desistir.
e os detalhes de suas atitudes sempre deixaram rastros infindos, sem direção, ou paradeiro, eu ficarei com a bússola em minha mão, decifrando o sul de mim, buscando o norte em mim, que não é mais nós.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
creio. eu aguento mais essa dor, é só mais uma. eu aguento.
mas na verdade, no instante que me desfaço, eu não aguento nada.
e eu choro. me controlo. e não durmo.
porque acordar no meio da madrugada por nenhum motivo pode se tornar um pesadelo real.
e se eu sonhar com os seus braços, eu buscarei um significado pra tudo, mas por enquanto não encontrei nenhum.
tento então pisar no chão e não consigo.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
estou me refazendo
de pouco em pouco
sou um mistério para mim mesma
descobri (muito, pouco, nada, demais)
me perdi no dia a dia
manterei a essência?
eu falo muito
sei muito pouco
na tentativa de preencher algo por aqui
a ansiedade da idade que me consome
o medo da escolha
o que nunca se chega a saber
a eterna prorrogação
o fim e o começo
domingo, 19 de junho de 2011
me bateu uma dor
daquelas que nada pode tirá-la de você
só o tempo
me bateu aquela dor
daquelas que te faz de refém
e te transforma num feto desprotegido
vontade de chorar sem chorar
desejo de se esconder no ninho
de não falar nada e ser acalentada
mas mais que tudo, de não pensar em nada
esquecer, como que se isso não existisse
mas essa dor é tão sincera e irreversível
não há mais o que fazer
nem mais o que dizer
quinta-feira, 16 de junho de 2011
se você ler vai saber que é pra você.
decidi não te procurar. tá decidido. por mais que eu possa vacilar em algum momento.
perdi a esperança de ficar em paz com você. achei que tinha conseguido, mas o pouco de tempo me mostrou que não.
queria saber o quanto pensa em mim. porque eu penso todo dia, as vezes inconscientemente, outras vezes muito consciente. hoje, aliás, me lembrei do segundo dia que nos conhecemos, eu sempre lembrava do primeiro, hoje especialmente me lembrei do segundo, e percebi o quanto minha mente estava anunciando que tenho saudades, mesmo não tendo.
sabe, não acredito mais num futuro comum, mas sei que no fundo meu coração ainda deseja.
(...) sinto tantas coisas, que as vezes nem sei por onde começar, muito menos como terminar.
por exemplo hoje, não consigo dormir, e após rolar uma hora na cama, e relembrar tanto o passado, senti a graça de um dia ter estado com você, mas também lembrei o desprazer que foi ter vivido tanto desatino.
quer saber? acho que não vou conseguir dizer, transpor, tudo que me passou no escuro entre as minhas cobertas... o que eu preciso mesmo é me ocupar e deixar minhas memórias de lado.
eu nem sei se você se importa mais comigo, nem consigo ter idéia o que você sente por mim.
não me preocupo mais de não tê-lo perto de mim, só é pesado por vezes ter de coexistir com a nossa história sozinha.
e se eu publicar isso, é porque no fim, eu tenho mais coragem e medo do que imaginava ter.
eu tenho amado a história que estou construindo só (meus amigos - você me perguntou quando eu estava de mudança: será que se vc voltar pra sua cidade, você vai voltar a ver seus amigos como antes? respondo: sim, voltei a vê-los, mais integramente quanto quando via você. eu amo eles, e isso faz com que eu não consiga viver longe deles, como quando era com você - , minha cidade, meu tempo, minha calma), então não há nada que eu queira mudar do decorrer de tudo isso.
mas como apagar a vivacidade de uma memória inquieta?
meu papel agora é descobrir como viver tudo isso no silêncio.
antes eu pensava: será que você está feliz? será que não sente a minha falta? hoje não me perturbo mais com isso.
na maioria das vezes lembro-me de você como uma imagem vaga, uma companhia perpétua e oculta que mora no meu inconsciente.
o que eu queria saber mesmo é que horas vô conseguir dormir? pois, se eu sonho com você, não me chateio mais.
vô levando a vida do meu jeito, de um jeito que só eu sei, que de pouco em pouco vai se encaixando comigo.
na verdade, o que eu pensava antes de começar a escrever, eu não vou escrever, vai ficar subentendido, preso na garganta, e no meu anti-sono.
porque no fundo eu tô bem com tudo isso.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
há um tormento que não me deixa dormir; mentira: há uma desculpa que não me deixa descansar.
quando estou prestes a fechar os olhos, logo me vem um mosquito me dar um recado.
agora você não terá bons sonhos; espero quinze minutos.
os quinze minutos me dão fome. me seguro, mas ando até a cozinha.
na prateleira da geladeira só tem ovos e leite, então deixo pra comer no café da manhã.
volto pra cama. que é tão espaçosa, aconchegante, e quentinha.
deixo passar, sem perceber, mais dez minutos.
no mesmo instante, na internet, vejo um vestígio do passado: calafrio e paralisia.
encaro os fatos, e espero mais vinte minutos até esquecer o tropeço.
mas se meu coração apertar, nem uma noite inteira adiantará.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
minha pele está pegajosa.
minha mão mal-cheirosa.
me desculpe, eu não sei ser delicada.
não sei ser menininha, nunca fui.
não quero ser.
investigue minha infância, tu verás.
eu não sei falar manso.
eu não sei comer calada.
eu não sei andar calma.
eu não sei subir no salto - sem parecer que aquilo não é pra mim.
eu não sei ser bonitinha.
já tentei. tentei pouco.
acho isso tudo enfadonho.
meu charme é ser assim: sem jeito nenhum.
e não venha me acusar de ser assim.
tô precisando desabafar.
faz tempo que, nada do que eu digo faz sentido.
é tudo mentira o que eu digo, pra mim mesma, olhando pra você, pedindo um minuto de atenção.
tem alguém aí pra me ouvir?
tô me sentindo um bicho, metamorfoseado em mil deles.
ando me perdendo na imensidão de ser alguém.
acendo um quilo de cigarros e nada me vêm, só essa exatidão aguda da vida.
tenho estado confusa, sem reação, sem paradeiro.
tudo é válido, tudo é decepção. tudo é tudo, nada. tudo é decadência. tudo é o Sol.
se eu ouvisse pelo menos uma voz, algo, o calor de uma palavra.
mas eu me tornei pó. e faz apenas alguns segundos, mas parece uma eternidade, parece sem saída. e são centenas de portas por aí.
entro em cada uma, e não sei mais como voltar pra casa. só me lembro do prazer de estar com a minha coberta, e alí permanecer em paz.
eu estou bem, não ache que é o fim. é só que agora é. mas todo fim tem um começo, e vice-versa.
sábado, 4 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
eu quero pra mim
alguém que se preocupe comigo
que acima do pior
olhe pra mim com afeto
e me abrace
que saiba quando eu estou de mau humor
que respeite meus lapsos de infelicidade
que procure deixar tudo bem, que me mime
porque eu nunca sei qual é hora exata de falar o que eu sinto
eu nunca sei se quando perguntam como estou é para responder a verdade
eu quero pra mim
alguém que me entenda
que não me acuse
quando eu estiver em prantos
que saiba no fervor da crise
me dar calor
e saiba me amar
como eu sou
sexta-feira, 27 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
voltei a usar meu batom vermelho
talves assim eu não precise mais usar minhas palavras
eu nunca mais dormi
meus sonhos são delírios
tão vivos que meu corpo acorda retirado
acho que nunca vou ter filhos
o prazer de meu útero não é mais materno
ontem ouvi 'sem lenço, sem documento'
me lembrei de você
e revi um passado, que hoje, todo ele é inquisidor
quarta-feira, 25 de maio de 2011
a angústia tá entalada na minha garganta
o desejo tá escondido lá fundo do meu coração
eu vivo mudando de idéia
meus pais me consideram volúvel
eu tenho um norte do que ser neste mundo
mas há um conflito de interesses dentro de mim
há um conflito de interesses lá fora
continuo detestando a paralisia desta vida
terça-feira, 24 de maio de 2011
amanhã é meu aniversário
e eu vô rever todos meus sonhos
tirá-los da sacola e guardá-los
será que você ainda está neles?
amanhã é meu aniversário
e ninguém vai me ligar, nem você
só resta o passarinho cantar no meu amanhecer
e a lua me ninar no calar da noite
amanhã é meu aniversário
dia de esquecer você
e deixar a última esperança ir embora
segunda-feira, 23 de maio de 2011
morrer de amor nem sempre foi fácil.
nem sempre eu conseguia dominar meu próprio eu.
morri tantas vezes de amor que nem sei mais somar.
nem sei mais qual é o máximo de minha dor.
morrerei sempre de amor, ele está acima de mim.
ele está acima de qualquer coisa em mim.
se eu morrer novamente por ti
nem sei mais
como posso sobreviver
como sobrevivi todas as outras
as vezes parece milagre
agora meu desafio é manter minha mente longe de ti.
terça-feira, 10 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
eu quero um forte veneno, traga-me please.
eu quero sentir o cheiro visceral dele em minhas veias.
não quero saber do pior, quero ser o pior.
eu quero sangrar a ferida que adquiri com a vida.
eu quero vociferar meu leito mortal e ardente.
não quero calmante, eu quero uma droga pesada para esse pesadelo.
e quero tudo mais que há de vir, muito mais.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
o sabor de se viver do ócio
a saberdoria e se deleitar do ócio
sem enlouquecer
o ócio como um pedaço de ouro
envelhecido
vale tanto, mas pode não ser nada
as horas que fatigam meu coração
adormecem minha mente
entorpecem meus movimentos
um zumbido de não
nada mais tem sua hora exata
nada mais possui pontualidade
meu ser se esvai no seu universo de tempo
e se angustia com o silêncio dos dias
sexta-feira, 22 de abril de 2011
no meu peito há muita tristeza
peço uma dose de whisky
no meu coração há muita dor
aplico-me anestesia
in my head are lot kilos
in my body are lot killers
in my eyes are lot lies
o tempo passa e só quando passa
desfaz meu desatino
o tempo corre e quando corre
só me persegue
where's my peace?
where's my love?
where's me?
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
ando ansiosa
quase perdida
por isso me encontro
pensamentos sem fluxo
a toa
em vão
o sentido que não se acha
a agressão armazenada nos ouvidos
na vasta
desejada pequena, memória
meus anseios
minha loucura
a incompreensão
pesando em meus ombros
largos e macios
meu grito interrompido
a solidão alojada em meu corpo
eu quero mais:
não ser esse
ser sofredor
essa interrogação
que ninguém se propõe a entender
quero meu eu
ser eu
meu eu inteiro
não ser algo
que os outros constroem
nem ter que fugir
do meu mais nobre inimigo, eu.
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