há momentos que me perco
em mim mesma
.
a espreita do meu coração
há um tumulto que o enterra
.
me perco
na correnteza de meu corpo
.
lá
meus olhos pedrificam
suas lágrimas
do passado
.
o dissabor de perder
na loucura de alcançar um eu talvez
que exista
.
perdido
meu silêncio
que me impede
que o ouça
.
perdido paradoxo
trouxe
o medo, eu, o mundo
.
era uma vez
que se acabou
logo de ínicio
.
era um extravio
tudo que fugia
destruia
e alimentava
.
meu remente
eu
dessaramou seu amor
no vão
.
sem fim
o precipício
tornou-se por completo
o raio de visão
.
e por aqui
não há saída irmão
que me tateie
.
minha mão bruta
que periga
meu corpo
.
nada mais
aqui em vão