segunda-feira, 23 de abril de 2012

eu já nem sei o que quero, nem menos o que faço
meu desespero agora precisa de voz, volume e palanque
passaram segundos e o tempo se perdeu em seu tempo
ser já não é, não ser é ser, se ser é a inadiável existência

domingo, 15 de abril de 2012


de repente me olhei no espelho e me assustei, os anos passaram e transformaram as curvas de meu rosto, construíram linhas que eu não desenhei, naturalmente se tornaram imagem e representação dentro a fora de mim. se eu me tocar através do espelho, posso sentir o peso de minha pele, e a grossura com que se fez, o vidro que toco é tão mais leve do que a imagem que possui, queria eu residir nessa leveza. passaram-se minutos e a imagem ficou estática, como se morresse ao me enxergar.