domingo, 28 de fevereiro de 2010

quem vive a vontade de se expor, se jogar, se desvendar ao mundo.
e não teme por isso, e muito! pelo contrário.
vive como se o mundo estivesse dentro de si, e por isso mesmo, tem de se mostrar a ele, se comungar a ele. como espontaneo, existencialmente espontaneo.
isso é belo, o fato de compartilhar a beleza sutil - complexamente abrangente - que abriga, e imprimi-la ao mundo que necessita tanto dessa visão.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

quão difícil é olhar para si
e é eterno
quão difícil são os erros
e permanecer na luta
incessante, que tem de ser

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

hoje eu vejo tudo com grande luz
calma: imensa serenidade
encaro tudo com força, organizada
a força, leve e inofensiva
e não tenho medo do que fui responsável
almejo mesmo com o fim tenebroso
uma boa consolidação
e esse desejo faz parte de todos os meus dias
hoje tudo que ficou no passado sobre isso
tem seu valor equivalente à verdade
daquele momento, e poder viver a verdade do passado
com liberdade pessoal é indizível
a tristeza vem assim do nada
é só olhar no coração de alguém
do nada ele se transforme
se torna triste, por detalhes
pequenos e grandiosos
o paradoxo dos sentidos
ela vem em momentos não convenientes
mas vem, não deixa de existir
não deixa de insistir
se revela pro mundo via você
e não se perde no caminho
a existencia dela é mais que importante
dar valor à ela é um ato de sabedoria
mas ignorá-la, e ou, deixar-se vencer
por ela: é um ato de desperdício

sábado, 20 de fevereiro de 2010

se o coração bate em direção àquela pessoa
mas também existe um misto de outras direções
para aquela pessoa
e você decide melhor se afastar
por ser indomável o que vive por aquela pessoa
e você constroe uma ilusão por querer se defender
de si mesmo: de seus sentimentos
se você acha que o perigo é a outra pessoa
eu não queria dizer: mas é vc quem se engana.

quando a emoção toca seu corpo não há movimento que a expresse

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Eu tenho um amor em que me envolvi, em que parte me embaracei não sei, sei que nele me encontro todo instante. Faz assim, eu me inspirar em momentos lentos de calmaria interior. Faz assim, eu me aliviar da vida, faz com que tudo se envolva a mim, em sentimentos sutis que participo com ele, e que destes discretos sentimentos se abra um universo vasto de pureza e beleza subjetiva.
Faz tudo que ultrapassa uma imaginação, produz e reproduz uma sublimação e completude de momentos por quiasquer que sejam. Desde o momento em que me entrelacei ao amor, o ar mudou de estado e peso, e mudou assim minha transpiração, e cessou minha ofegação. É bobagem falar, mas a penetração de meus olhos com a vida se transformou ao ápice de compreensão e sensibilidade.
Trouxe o prazer do silêncio ao sentido de minha visão, trouxe o encaixe de meus sentidos em meu corpo, e espírito. Trouxe o que não sei como descrever, mas trouxe.
Dos dias de solidão, não se destaca minha carência, já que meu eu pouco carece agora, agora dele brota dimensões de uma liberdade gradual, sensorial, e transcendental para o que se estende desta dimensão.

Mas muito mais que isso se estende deste amor, mas muito mais do que pode ser dito.
Por isso fico por aqui, sem me exautar muito, só apenas contemplando este tal amor.
E contemplar o amor, e amar a contemplação do amor não pode ser pouco, nem menos do que se sente.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

eu insisto em dizer - nada tenho a dizer.
procurando revelar alguma verdade, mesmo que exista.
não me preocupo em demonstrar isso.
o tempo passa e ações mofam, e há sempre alguém a se defender, alguém a se desproteger.
nesse momento, trago a neutralidade.
porque buscar aqui um apreço de quem vale ou não, não existe.
não vence! já venceu o prazo de tudo que é próspero.
tentar discutir e emplacar julgamentos melhores: só trará destruição.
por isso fujo dessa merda toda, com a maior sinceridade expressa desde o fundo do meu peito.
prefiro carregar o termo de culpa - culpado! que traz os julgamentos.
sendo verdade ou não.
de ter que ir à julgamento, à essa agressão pública e egoísta.
que nada muda, se o caminho que se ambiciona é o mesmo, o de reproduzir valores altamente convencionais e convenientes, para encontrar o desvalido, que se quebra por causa do ego ferido dos demais - eu me desfaço dessa burocracia social!

assinado. robert coelho

assinado. lívia luciano