quinta-feira, 29 de setembro de 2011

eu quero acabar com tudo
eu quero ir embora!
eu quero que tudo suma

e quero ficar sozinha
pra agora e sempre

eu quero que isso acabe
eu quero que não exista
eu quero que não persista

e quero que se cale
pra agora e sempre

eu quero e nada mais

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

o mundo virtual é todo ensaiado
e enojado por mim
me despeço com um simples beijo terno
prefiro tudo o que é ao vivo e biológico

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

todos são carentes à sua maneira
e os mesmos a manifestação numa vírgula, na deixa
nessa interrogação que está como um pêndulo no meu coração
no espaço entre os passos, na medida de um sim
num suspiro psicológico e silenciado
me desculpa se eu, mais uma vez, errei no feitio
é que na verdade eu estou setenciada somente a tentar
e eu só estava, mais uma vez, tentando
inventando, remontando, andando, pensando
e tentando vôo
perdi o traquejo
mas ganhei o anonimato
tô tão feliz
conquistando meu mundo
isso não é uma poesia

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

eu ando tão nostálgica
tão piegas
as lágrimas salivam meus olhos
minha boca tem o sabor
de um tal verão adormecido
converso com os beatles
e fico numa viagem passiva

domingo, 18 de setembro de 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

o mundo me testa o tempo inteiro
e eu, na minha espontaneidade
sou alvo para me perder
depois de tudo, me julgo, como um tribunal
da quinta inquisição
e não sei, se me condeno ou, me liberto

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

o que eu faço quando o meu coração palpita?
eu perco o sono, me entrego, e fico num círculo vicioso.
há coisas que você não entenderia, só eu.
por isso, pra quê dizer?
eu tenho muito o que vencer, e eu só vô conseguir se me concentrar.
e me desviando tanto, eu perco a hora do meu trem.
por isso me ocupo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

hoje tanto faz a opção, eu só quero o que vier de mim.
não me venha com palavras doces, nem pense em explicações, muito menos argumentos.
sou muito auto-suficiente pra me sujar ainda mais nessa vida, e muito fraca pra aceitar qualquer sugestão.
só eu saberei do meu valor, ninguém deve enxergá-lo, pois que está dentro de mim, e quase ninguém chega a tal planalto.
todas as relações são superficiais e movidas por vaidade, você me procura se houver necessidade, vice-versa, (...).
o nosso papo, por exemplo, de meia-hora atrás tem pouco para ser extraído, e assim segue os moinhos.
eu me pergunto todos os dias: o que vale mais a pena viver, essa mentira-convencional-ilusóriamente-feliz ou, "a verdade sem medo de pagar o preço por ela". eu não sei qual é a minha resposta, eu oscilo entre elas o tempo inteiro.
eu descobri que não preciso de ninguém, e sabendo disso, me sinto livre. sem as algemas incessantes de buscar um vácuo ouro no outro.
eu somente tenho que conviver com elas sem querer nada delas. e assim o que me é dado será tão especial quanto qualquer.



eu perdi todas as palavras, no vão, de mim, desse copo de uísque com cerveja, só me falta eu, na verdade, não falta eu, falta um quê de censura, porque com a loucura ou sem, meus dias são sempre: uma vertigem alucinante dos meus desejos, receios, e emoções; o certo e o errado são dois pontos tão distantes, como tão próximos um do outro, eu e você somos o meio entre o certo e o errado, enquanto temos medo de admitir em que ponto nos sentiríamos mais satisfeitos - o mundo me assusta, e ao mesmo me impulsiona, sem ele eu não vivo, com ele eu morro