domingo, 20 de dezembro de 2009

eu fui masca cola lá nos alpes
descobri a imesidão da minha intimidade
minha alma feliz ficou
se encostou no sossego do ar
e de prosperidade viveu
por um instante interno - eterno, na linha
do prazer encontrei o calor do meu coração



e se eu não subir,
não escalar os galhos verdes e musgos e fortes
e não usar a trepidação de meu corpo,
nunca vou saber a dimensão se abriga em mim,
a luz do arpejo contida no espaço de mim
o brilho da luz do luar que se converte comigo,
num instante de vibração da vida

domingo, 13 de dezembro de 2009

a visão é branca
como o visor debulhado pela chuva
eu afagada pela água
meu corpo mergulhado no ínfimo
o desejo de ser, de perder
e de ser, e não ser
a justiça do próprio ser induzida
e convertida, quase extraviada
sem perdão, num lance de olhar perdido
no além do horizonte, sem perdão
sem perdão,

sábado, 12 de dezembro de 2009

quando a gente mais vê
mais acredita
e vive, acontece o que jamais
se pensa, de encontro ao meio
da vida, repartindo o coração
em pedras, luminosas, fracas e
miúdas, que controem todo seu
universo, e é preciso todo cuidado
com elas para não se racharem novamente
num contínuo movimento de adoção
à elas
é assim, sempre, mas nada de ruim,
e mais melhor do que viver sem parar

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

interior
vazo pelo infinito
dentro do céu úmido
me limpo
poro a poro
de gota em gota
me cristalizo
em silêncio
o corpo se tornou um
no opaco vazio
e também cheio de mar
pinto jóias, as visto
e nua me vejo
meu corpo fortalecendo
na própria fraqueza
meu sexo nada dizia
mesmo tudo querendo
fazia frio, um frio cálido
mas ninguém sabia
só o vento e eu
só o sobrenatural mais eu
vou me desencaixando delicadamente
deste instante
e me atenho ao abismo

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

mais um dia
e um desânimo
e o festejar do vento
mais o sopro de mim
um ruído
um anseio
e uma dorzinha
no peito gelado
me desvio no vão
nessa imensa saudade
nessa completa ausência
por este desejo incessante
que fome me dá
quando vejo o dia nascer
preso ao tempo
e presa à ele
fico esperando
meu dia, o tal, o tão
que nada mais quereis
dalí então
em frente, irei guiando
para sempre
nas correias do meu alegrar
sem fim, sem fim
nem limite de controle

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

soltou-se um alarde
ninguém quer ver
todos os rostos na rua
jogados
é um alarde infame
perdemos o pudor
revolucionamos o terror
e sucumbimos ao medo interno
não te aflitas!
o desespero é medo
é a coragem comprimida:
a implosão
do terno fluir, e jorrar da luz
me desmancho
facilmente
em folhas
em cactos
miscigenações
detalhes factuais
e sigo complexa
silenciosa
pela estrada
cinza-musgo
da derradeiras
ruas daqui
às vistosas permeadas
terra-azul
do céu avistado lá longe
no infinito do mar
e de meus olhos
transcendentes
ó meu pai, o que direi quando vir e ver o paraíso?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

e eu tenho uma saudade aguda
vontade de voar
de viver, de pular e gritar
de me semear às pessoas

mas meu coração se afaga
porque ele próprio não se alcança
somente se lança
deseja sempre viver duas vezes

e esse vício pela vida o entorpece
cada vez mais
o faz perder o sugo do prazer
num lance de segundo engolido

domingo, 29 de novembro de 2009

e me roçar na pele tua
nem sempre foi muito fácil
desde que se isso evoca
emoção uma emoção descontrolada
dentro de mim tão extasiada em pedaços
e se eu gozar de medo ao me deparar com o esplêndido?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

paraliso minha imagem
tenho vertigens
meu ego se desconstroe
minha persona
me vejo comparado com
e se eu me sentir confortável
é mentira
porque todos olhos me encaram?
não quero vocês me aprovando
se desfazendo de mim
é uma farsa da sua imaginação
mas quem há de revogar isso?
eu não!...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

a força resplandece
o brilho que há por dentro
tudo o que vc há de fazer
e a calmaria traz todo desejo
meu sonho (não) ofusca
pelos que aqui não acreditam
e complicam o mundo
o ritmo alucinante dos cargueiros
entorpece os mais velhos
os mais novos de alma
afoga por completo o desfecho
previsto e enfeitado de vida pura
o medo atormenta e é dissipado
para o infinito da terra ocre
meu desejo não se exprime
com íntegra sensibilidade
mas vadia pelo meu corpo fatalmente
me seduz e diz:
e faz: com que seja seu
na plena luz do alvorecer
e me promete a saúde-felicidade

e acordo a vida com alegria

lateja um sopro de dor, a ventania
o tormento
a visão abominável dos fatos
o terror embassado nos óculos escuros
eu tive medo àquela hora
eu tenho medo
mas meu medo não supre meu-eu
vencedor
os ruídos dos que estão defecando
me assusta como o que foi morto
na esquina
mas, no fundo, o bom, é que, resiste
a verdade dentro de mim
ela não se perde nas confusões
de outrem
e eu saldo a vida
dô um pulo para o oceano, o alto da
esperança, e
mergulho na paisagem, por
entre as nuvens,
navego com os que tem asas
e acordo a vida com alegria

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

se pudesse faria uma homenagem
uma homenagem homérica
uma saudação aos que aqui viveram
e todos que tiveram de mim
um pedaço, um composto de oxigênio

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

meu corpo incha, explode os problemas.
surtam os gritos desmazelados da dor.
o medo se contrai no meio do clímax: não há o que fazer.

os pés fogem, esperançosos
a pele rasga, inocentemente
os olhos declamam, romanticamente
as unhas quebram, aflitas
os cabelos queimam, preocupados
os pêlos gemem, assustados
e o corpo se desintegra na esquina

o inferno se revela, e ridiculariza o que vê.
impulsiona a alma, a minha, pobre coitada, para o céu.
expulsa a nuance, mal representada, do mal.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

começo a não saber o que quero, e o que isso se desfaz de mim.
permito a distância entre o que sou, e o que quero.
não traduzo essa relação a uma igualdade, mas a uma mera compatibilidade.
me concedo a liberdade que ninguém acredita existir.
os outros falam pra eu não continuar dessa forma, que eles me daram uma força para vencer esse conflito.
dizem para eu não confiar minhas verdades aos demais, pra não provocar julgamentos inférteis nas bocas de outrem.
mas se eu for me preocupar com todos esses pré-requesitos, para uma próspera exposição social, que a todos enganam, eu não viverei naturalmente quem sou.
será melhor deixar engolir a verdade pelos outros, ou escanrá-los ao que lhes assustam e repudiam?

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

perdi todos meus amigos, já nem ligo pra mim.
você pode pensar: 'nossa, mas que visão turva das coisas'.
mas isso também pode ser uma realidade.
de muitos, e mesmo se for de poucos, a verdade disso não se reduz.
já não tenho quem me acompanhe, me desapeguei de todos.
muitos não me aprovam, mentem pra mim, ou se escondem atrás do que desejam de si.
disfarçadamente se sustentam na companhia que ofereço, alimentam-se de mim sua fome.
não posso conviver com isso, não posso esquecer ao que eles se sucumbem.
mal quero que isso se aproxime de mim.
e já que ninguém me leva a sério, ninguém acredita em mim.
tanto faz. ficar aqui sozinha, ou com eles.
e agora, posso parecer um animal esquisito, um louco extremista morto pela solidão.
sou feito do que se esquivam, aquilo que queima a pura inocência.
na verdade, tudo isso é um preconceito primitivo, de quem não suporto a dor da realidade.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009


[a ligeira confusão da produção, que nem é produção]

[dia de gravação]

e créditos ao rodrigo que vive me incentivando a continuar com a fotografia, mesmo que com recursos rasos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

se ninguém vê a dor que se rompe por entre a alma
se ninguém quer revelar a verdade
se todos são iscas presas do medo
se a sensibilidade é sinônimo de loucura
se não existe alguém responsável pelo fracasso da humanidade
se todos tem a força de aguentar o sofrimento exacerbado que se segue, e se exprime no vão de nós, e nos reprime, e nos oprime como uma condição, então eu me calo!

domingo, 4 de outubro de 2009

o agudo do ser se esconde, se permeia em tecidos perecíveis.
uma tentativa inocente de não se envolver ao que se desagrada.
mas o corpo é o próprio agente de tudo o que nos esquivamos.
podemos sofrer por outros.
mas o que se torna mais sensível à nossa pele só vem de nós.
posso dizer com sinceridade, que a verdade do sofrimento se camufla dentro de flagelos.
a cultura silenciosa do flagelo que nos percorre como sombra.
se o sofrimento que se vive cabe a nós, ao nosso intimo, cabe a nós determinarmos sua validez ou não.
e confrontar essa cultura que se alimenta, até que o sofrimento não seja essa constância ideológica: de dor somente pela dor, de dor pelo prazer que se pode expressar, de resistencia à felicidade, de enganação.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

memórias são cruéis, fazem-nos sentir prazer dentro da ausência, comparsa da saudade majestosa.

domingo, 27 de setembro de 2009

o que meu corpo pede não cessa.
o que minha saudade aperta não estanca.
o que meu coração carrega não se arranca.
o que meus olhos desejam não se ganha.
o meu sistema imunológico ainda por teimosia se torna inocente.
e o meu sistema vitalício por inocencia se torna teimoso.
se não transformo é por pura omissão.
se não me mexo é por pura negligencia.
mas se o tempo pára agente padece, se o tempo corre agente enlouquece.
o meu equilíbrio prefiro esperar, repousando na varanda, com a brisa amiga, que refresca a aura, relaxa minhas rugas, e massageia meu coração.
o dia se estende pela ambiguidade, igualmente a sua confusão.
e agente continua profetizando verdades que se movem a ilusão revestida de sonhos.
escondendo a veracidade íntima, o potencial sensível que desaba ao difundir tudo que o oprime.
o vento rasga a pele que o cruza, revela o que não se permite, o que nao se quer.
e nem tudo é feito de quereres, se lamenta o velho, pensamento do jovem.
insiste, resiste, pensa e respensa. mas nada o faz encontrar sentido contrário do que se expressa, o seu lamento.
lamento que residi um interminável desalento consigo mesmo, de tamanha siceridade que a importancia de suas fugas, para não encarar o que se escancara, também não se exclama.
dentro da respiração aguda se afaga seus batimentos, enquanto hesita a declaração que se dissipa no vacuo da sua frustração.
ninguém pode abrigar tamanho desamparo, sentimentos que evaporam, simutaneamente com o coração que se põe dentro do horizonte de seu olhar.
qualquer palavra não dita não perde a chance de se traduzir, tudo que é dito perde no espaço seu significado.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

o eixo, deseixo
entre a sombra
do desejo
e a vertigem do
pecado
o branco neblina que envolve o céu
e reflete a víscera limpida da alma
pestaneja no compasso com o trovão
feito de sonhos do passado que dissipa
no silencio progredido e rebate o temor
prazeroso de um pânico encoberto
pelo manto que acoberta os sentimentos
os tais abandonados pela fraqueza
os mesmos detalhados pela franqueza

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

dilato extensas palavras, só para lhe dizer o que intenso persisti dentro da euforia e consequentes desanimos de sentimentos.
no fim parece tudo um vacuo fresco, um falso destraço, um eco do silêncio. que se prolonga com o desfecho da intensão tornada pelo fracasso, rasgada pela prostração anunciada.
dois corpos se extraviam dentro do aflito mal entendido, deixam penetrar o sussurro de suas almas em convulsão à penumbra da confunsão, deixam por se lamentar no espaço de um segundo enquanto tentam estancar o irremediado.
o silêncio, o confidente sincero, trai seus mesmos anseios, que varre a sensibilidade, e contrai a letal agressão para pele do corpo evidente, possuído por cansaço e descompasso penitente.
ao fim de uma chuva sempre parece
que ficamos mais limpos, talvez porque
dali se jorra o que paira de obscuro por vós

terça-feira, 15 de setembro de 2009

mulher, eta bicho controlador.

controla seus devaneios sobre o que sua imaginação cria diante da realidade.
controla pensamentos (ou, acha que controla).
controla ações que nem a ela pertece.
controla seu medo mais íntimo, e converte-o em forças imesuráveis.
controla a frenquencia de seu poder.
controla as folhas de alface que cabem em seu prato em relação a quantidade de calorias consumíveis.
controla a expansão de fios brancos sobre seu cabelo, e também os cabelos que nascem no fundo do ralo.
controla seus pesadelos enquanto acordada, suas neuroses enquanto insegura, seus erros enquanto equivocada.
controla emoções que você imaginou que ela nunca tivesse.
controla tantas coisas que nem ela consegue pesar quanto o faz.

mas de fato, o que elas não controlam é um espetáculo a parte.

domingo, 13 de setembro de 2009

o medo, atrelado à realidade cotidiana.
o medo, o caminho rendido ao fim.
o medo, a perca do foco.
o medo, a mórbida euforia.
o medo, a distância entre a verdade e a ação.
o medo, a ansiedade de uma espera.
o medo, a imaginação insensível.
o medo, a overdose de 'sinceridade'.

o medo no meio da solidão. o medo no meio da multidão.
o medo feito de sussurro. o medo dentro do silêncio.

sábado, 12 de setembro de 2009

eu troco meu drops no semáforo, pela sua droga.
por esta droga!
pela droga que me sustenta dentro da realidade que me cabe.

domingo, 6 de setembro de 2009

saudade do cobertor que protege minha intimidade.
saudade do espelho que me confio todo dia.
saudade da porta que me recolhe do ardor lá fora.
saudade da música que me compreende com serenidade.
saudade do teto que me esquenta no dias de chuvas particulares.
saudade da saudade que só existe por fazê-la existir.
que existe para que ela não entre em extinção dentro de nós.
(em desenvolvimento: pesquisa)

não suporto a falsidade alheia que as pessoas se confortam.
não suporto com o que as pessoas fazem de seu vazio permanente.
não suporto a fraqueza que tantos se entregam.
não suporto frases desprovidas de sua relevancia e conteúdo.
não suporto a dualidade mentirosa e prolixa que alguns se convertem.
não suporto ruídos cênicos que invadem um espaço quase vacuo.
não suporto justificativas que sublimem o que fraciona o próprio ser.
não suporto falta de sensibilidade com quem convives.
não suporto a irracionalidade que nos tenta dentro de situações vulneráveis.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

sentimentos se evaporam enquanto o tempo se esquenta. come, e corre.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

o mundo toma sua proporção, se estende sobre meu corpo.
dilata, contrai, pesa e toma espaço. vive um monologo sem fim.
não permito esse mal uso, abuso de mim.
sela meus lábios, e transfere a culpa que nos é sujeitada. suja.
confere ao que não me rendo, e insiste em apossar-me.
não revelo, mas essa tortura imposta por maioria de votos cegos, só me testam a não me entregar à sua banalidade, e conceder minha fragilidade mais sensível.

sábado, 1 de agosto de 2009

de dentro
ao silêncio
súbitamente
se desfaz
no calor do
tempo que
prorroga o
anseio

quarta-feira, 29 de julho de 2009

sigo na companhia de minhas pernas,
escuto meus amigos pensarem, e silenciarem
lembro de tal, um dia, que se perdeu,
escuto suas palavras que me perderam,
e faço chorar por dentro uma destreza
que não se perde de mim, por um equívoco
indomável que se tornou os fatos

quarta-feira, 22 de julho de 2009

nuances do olhar
romancista
se distrai com o
intangível
que seduz da alma
ESPERO


passos de lembranças pra trás
evasão de ar
acompanha o desatino com você
um misto de mim
mal equivale esses sentidos para com
espero silenciar o espaço
que gira enquanto vivo, feito por vós

sábado, 11 de julho de 2009

canso de pensar
não resido outro lugar
a não ser
o desencanto de te encontrar
destravo os ritmos
e acelero o passado
na estação seguinte
ninguém adivinha
seu desembarque
o humor desatenta
e bota pra samba
o que o ser humano
não aguenta

terça-feira, 5 de maio de 2009

expresse-se em silêncio

domingo, 3 de maio de 2009

saudade aguça
os sentidos
e traz a tão
prezada memória
de que tanto
degustamos
de que um dia
fui e, somos
felizes
e, ela vem
para atormentar
a sensação
de escassez
exisencial.
o dia já se foi
mas sei que,
assim vivi.

terça-feira, 28 de abril de 2009

o destino se comrpime
em meu coração
e a respiração se prolonga
com a espera interminável
de meu encaixe com os dias
[de adianta saber de tanto
se o que faz dfierença para
com a vida é quem somos.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

vou crescendo
não me reconheço
parece normal
mas não é
vou me transformando
no desconhecido
me surpreendo
e mal me acostumo
com o ser que por aqui
habita
o mesmo se repete aos que
por aí residem
meus detalhes agora são
exclamações nos meu corpo
da minha distração se semea
meu desejo, e a dúvida
no fundo isso já faz parte
da rotina interior que estamos
sujeitos, mas mesmo assim
tudo parece maior
do que simplesmente é
provocando convulsões sutis
que nem sempre são sinceras

domingo, 19 de abril de 2009

vou lhe dizer o que é
tudo isso em meus pensamentos
é medo.
o mesmo que um dia eu me
enganei não ter, o mesmo que hoje
me enlouquece.
essa estranha confusão do
passado com o futuro.
o desalinhamento entre tempos
perdidos, da falsidade vivida.
a rebeldia da mentira que é
instantes de ilusão.
claro desconsolo da visão
extraviada ao além da emoção.
a distração de uma dor
aniquilada de razão.
o rompimento do ligamento
em direção ao holocausto sem
interrupção.
falta de alimentação do
próprio ser divino.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

eu tô tentando não perder o controle dos meus olhos,
não gritar, não me perder no solo do nada. tentando
entender como há tantas perseguições malígnicas por entre nós.
estou aqui, contraída contra o chão, e viva sufocante.
estou e não estou, determinadamente não estou aqui,
enquanto minha alma procura seu lugar habitual.
desconheço os caminhos que até aqui percorri. já não
avisto os passos deixados, resultante dessa pertubação
na surdina. ah, tanto faz, enquanto ainda não formos culpados,
por essa infelicidade condenada, dessas tais condições sub-humanas.

sexta-feira, 27 de março de 2009

coração fálico
caminha
na lama das artérias
preguiçosas e
inchadas.
batimentos borbulham
por entre a pele
mas nada cria razão e
efeito conseqüente.
a beleza entorpece
minhas veias, mas não as
intoxicam, falta-lhe
dor na beleza para que
ela se penetre e não
se desfaça mais.

terça-feira, 24 de março de 2009

os dias eram tão ilustres
problemas, ah, eram bem menores
os olhares eram puros
corriam de acordo com o tempo
regido à perfurmes leves
e sutilmente alucinantes
a nostalgia era dócil
nossa imaginação era a magia
de noss'alma clarividente
expressa à liberdade, a vivacidade

segunda-feira, 23 de março de 2009

energia oscilante à margem
do caos incontroloado e
viciado por corpos
desgovernados que sem querer
nos governam.
não compreendemos mais
nossas vontades e decisões.

pra que entender?
isso é coisa da idade média,
não é?

porque não retornamos aos
primórdios e quem sabe,
reinventamos a vida? já que
ela em si é praticamente anulada
por motivos sextiários.
tendemos ao desconhecimento da
existência, já que a sabedoria dela
pouco vale, ela não é representada
por si cifras, não é mesmo?

tentemos ao menos, então, por favor
não nos perder por aí, como foi
proclamado há muito tempo atrás.

terça-feira, 10 de março de 2009

ecoa um ruído palpitante
de um coração desmazelado
enquanto o mundo anti
lírismos suplica atenção
aos olhares, que vão de encontro
ao horizonte por pura distração
por ansiar desejos sem volta
tragando suas almas ao suspiro
provido de taquicardia, logo
somem no tempo distante do silêncio
solitário, recorfortante, para alguns
trasgressor para outros, caindo no
definhamento da vida sem.

segunda-feira, 9 de março de 2009

vamos impodir! é a última saída. para quem vive uma explosão de natureza invalída.

a proteção inconfudível de um calor sincero.
perturbação ao marasmo
do refúgio sonlento
ao som de passáros doutra
região, que o espírito
procura habitar, atrás deste
oposto que se segue
cotidianamente, o desejo de
constituir a alma tranquila
desde o psicológico conturbado
e os sentimentos vulneráveis
estes tais dias de hoje
se produzem oscilamente na
insegurança ténue do chão
que se percorre intencionalmente
por dentro deste corpo
habita todos os sentimentos
do universo: o infinito
sensível, que faz-me assim
ir para além do infinito, e
desfazer-me deste mundo aqui
agressivo em massa, indelicado.

a inquietação de paz já se foi
atordoada, com a consumação desta
mente mal organizada, a suavidade
aniquilada por este peso prolixo
que não re-instaura transformação
nem sequer profundidade alheia.

são apenas palavras momentaneas
jorradas ao corpo doutro alguém
e pouco vale o que esta ação em
primeira pessoa provoca, quase que
somente movida a ego, até que se
sinta o mesmo, construindo assim
nosso cadeado perdido da hiprocrisia
sentimental.

domingo, 8 de março de 2009

silêncio, é uma ordem
e de que ordem ele surge [?
surge lentamente tomando
espaço, no corpo que
pro silêncio do céu se
entregou, sem prévia
alguma do destino a que
se rendeu, já o corpo
adormece na inércia desta
falta de resposta que
seu corpo experiencia por
ausência do que lhe residi
mas residi, e longe, e nada
há de se fazer, e sua
dor lateja a calma de um
sopro no coração, mas bem
de leve, mas e se esse
surspiro penetrar sua alma
e faltar ar quando se retornar
à terra [?

sábado, 7 de março de 2009

sincronia com o giro da Terra;
o olhar se esvai com o temor de que uma realidade, simplesmente, não é coerente;
a pulsação permite a freqüencia de tua psique;
mas, seu corpo ele sim, não perde o dialogo sincero contigo;
se ele lhe diz que não (se identifica com este tal estado geral), não há o que faça o convencer do contrário;
não há insistencia que faça a natureza se contradizer;
só que teu olhar expressará tudo o que esconde, até por dentro de tuas palavras;
não se engane, na profundidade do mínimo de sua expressão você já confessou seu próprio crime, sem algum alíbi existente;
mas, a sintonia deste teu corpo, desde o físico até teu lado mais transcendental, esse compartimento sim, ocupa um espaço indeterminável, ele sim confessa todo seu ser, até no silêncio.

sexta-feira, 6 de março de 2009

no intimo
mas bem mais
no intimo
tudo se plorifera
arrancando
marcas e
significados
assutadores, à
espera da transformação
pessoal, mas
bem mais pessoal

quarta-feira, 4 de março de 2009

ando recebendo postais, de como se portar corretamente perante a vida.
tenho até achado adequada a sugestão de se portar de tal maneira no que diz respeito ao intimo de nossas vivências.
mas as referências são escassas dessa tal atitude que deve ser encorporada, falta uma tal de essência divina para que as almas evoluão, e possam glorificar sua passagem pelo mundo com sua existência.
é, as vezes, por consequência dos dias inquietos, nos alienamos das questões primordiais do desenrolar de uma existência, acabamos por desembocar grosserias ignorantes com o participio da terra, numa total composição elemental.
todo esse reboco que atingimos com o passar do tempo só traz essas tais angustias, que flagela o corpo-alma, mas que isso se torne consciente, e assim sim, cesse esta tal dor sintonizada pela raça existencial.



Eu tenho um amor em que me envolvi, em que parte me embarecei não sei, sei que nele me encontro todo instante. Faz assim, eu me inspirar em momentos lentos de calmaria interior. Faz assim, eu me aliviar da vida, faz com que tudo se envolva a mim, em sentimentos sutis que participo com ele, e que destes discretos sentimentos se abra um universo vasto de pureza e beleza subjetiva.
Faz tudo que ultrapassa a imaginação, produz e reproduz uma sublimação e completude de momentos por quiasquer que sejam. Desde o momento em que me entrelacei ao amor, o ar mudou de estado e peso, e mudou assim minha transpiração, e cessou minha ofegação. É bobagem falar, mas a penetração de meus olhos com a vida se transformou ao ápice de compreensão e sensibilidade.
Trouxe o prazer do silêncio ao sentido de minha visão, trouxe o encaixe de meus sentidos em meu corpo, e espírito. Trouxe o que não posso descrever, mas trouxe.
Dos dias de solidão, não se destaca minha carência, já que meu eu pouco carece agora, agora dele brota dimensões de uma liberdade gradual, sensorial, e transcendental para o que se estende desta dimensão.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


eu não tenho
casa, não
tenho mãe, tenho
nada
fico assim perdido
até que um dia
me encontrem, e me levem
a ser quem sou.
coro decoro
meu choro
a dor fardada
de meu
sofrimento
cravado no
tempo desta
história
mal escrita
e sem fim
e pontuação
com fina
sensibilidade
já se foi o
tempo de glória
meu amor, já se
foi, e comigo
não foi...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

cessou os labios
repetiu a dor
introduziu o lamento
reproduziu espanto
desligou a luz
e mais uma noite de
sonhos em vão
mais um tormento no
divã
mais uma pupila dilatada
solitaria e sem foco

incenssante espera, que nada
nada destina, e tudo se deseja.

expresse (me)

eleve, leve
sua dor, deixe-a
dissipar como
suas causas
mais moribundas

não deixe
se corromper
por aí, dentro
não alavanque
sua (re)pressão

deixa o tempo
dissolver os
medos de seu silêncio
que até ele
não se produz por satisfação

faça teu corpo
flutuar sobre o que
te faz se enterrar
com a terra amargurada
deixe teu peso à gás

domingo, 15 de fevereiro de 2009



o estranho confronta a si mesmo
o desconforto enfrenta sua
imutabilidade
substâncias dissolvem sua distraída
angustia
o mesmo se repete durante eras
da existencia pessoal
para conquista de sua própria contemplação
sem necessitar de prósperos anseios
tangendo a completude, através
da reflexão, a tal constante da vida
resgatando plenitude para com a natureza

sábado, 14 de fevereiro de 2009

o escravo serve o trapo
o poeta vende o esboço
do mundo, as gerações
implamtam transformações
agudas para a humanidade
a mãe, doa-se para todo bem
necessário, a jovem diz,
sem pronunciar ligação nenhuma
entre os pólos, o presidiário
compreende e envoca a
dor-guerra do cotidiano. agente
perpetua essa regra conspiratória
de sobrevivência, que se estendem
à mesquinharia e frio egoísmo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009



lírio delíra
a líra
das pétalas
das alucinações
regendo mutações
cada vez mais
íntimas

domingo, 8 de fevereiro de 2009

ele me pronunciou a felicidade
eu mal compreendi
claro, já havia sentido o que
seria isso, mas se eu a tentasse
explicar... fracassaria.
e o valor que ela possui, será
que possuímos o mesmo valor?
será por isso que ela permanece
tão distante de nós?
é preciso entender o que a felicidade
diz, quem ela é, o que quer, para
querer desejá-la
sem esquecer de a dar o valor que
tem, se não nem nós ela valorizará.
a felicidade é forte, sua personalidade
é brutal, e justa, só lhe é concedida
com muita merecimento de conquista e luta.
escrevo de vermelho
pois, minha prisão
de choro me transmuta
à essa cor.
agora, não existe
mais emoção direta
ao verbo. não se produz
verbetes de alegria, ou
pelo menos, algo próximo.

então, que seja, essa dor
que há por vir, mesmo que não
pareça tão digno assim.
mas, pouco importa o sentido
que tudo promove.

eu, sepultada por dentro
já não posso querer mais
que alguma luz divina.
independente do que ela
tenha a me mostrar, além
da penumbra.

tudo que me trouxe à essa
loucura interna, que berra no
silêncio de meu corpo, que treme
de aflição, de que tudo pode
estar perdido.
mas nada se perde sozinho, algo
involuntário estagnou qualquer
sentido provado no paraíso.

tragando fraqueza, uma fraqueza
oculta, a história se auto-finaliza
(é automático), sem se ter consciência
do tamanho brilho que se perdeu,
desviou destino, e destinou sofrimento.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

happy birthday for me
so, let's dance la vita

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

agora uma desmonstração de afeto, para equalizar os fatos

[1]
you love me, right?
no, i love her.

[2]
ele: você não entende tudo o que me faz, desde suas loucuras, suas confusões, e sua senbilidade exacerbada.
ela: eu amei, eu amo, te amo - (diz com o coração soando canção), diz ela para o silêncio.
- ele não ouve a conversa, e nem seu coração no momento.

equalizada a frequencia dos fatos?
num tal momento de olhos ao sangue, eu me triturei com a humanidade. percebi por fim que, tudo se esconde nos vãos de um corpo, que permanece compassivo, até tal dado de um efeito. não provoque protelar desde suas particularidade às suas obscuridades. aposto nunca ser mais o mesmo, ser for assim o cometido. evite ativar algum desconforto na humanidade, você pode ser julgado e condenado, por algo que é inofensivo no seu ser. pode se aterrorizar para todo o sempre, por apenas promover seu ato mais desprovido de consciência. não abandone sua consciência, my dear, não perpetue a infelicidade alheia. não vá de encontro à confusão, acompanhada pela surpresa. não diga sim, antes de pensar no não, e vice-versa. não permita seu retalhamente pela sociedade. não entregue seus cortes mais profundos para qualquer momento, eles podem se ferroar com outros, de outrem.
meu filho: este mundo é apenas uma semente, que anda furtificando nós mesmos, mas partes desta semente está sendo atacada por parasitas, e logo tudo pode apodrecer. este tal mundo não produz com amor qualquer bondade. mas sim com egoísmo e - minha vó me traduzia sempre suas dores para com o mundo, mas mal compreendo desde o fim até o começo desta história vidialítica.

adeus meu eu
distante de mim
como há de existir
um desencontro tão
...?

disse a um moço,
não componho o verbo
ser. não sou, não
me propronho a isso

disse-me uma vez
alguém importante,
você deforma meus
sentimentos mais
promissores

e nunca mais
consegui irrelevar
a existência, por
menos sentido que
ela envoque

desde então perdi
o sossego de me
transformar num ser

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

o vermelho transa
trança a dança
atenta a música
e veste os ouvidos
com toda delicadeza
entra em transe
a película de uma pele

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

os podrelíticos não se envergonham
dialogam com o ego ocupacional do poder
desviado para própria satisfação
como uma monarquia fantasiada pelo
próprio povo midialítico

deixam a mentira explodir, enquanto
sentados, estamos, no sofá, esperando
algum pronunciamento, como indignados
estamos, e individados, com esta TV
composta por impostos milionários
que originam mansões, desconhecidas

de nossos amados patriotas do circo da suíça.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

a vida me engoliu
e me digeriu ao cansaço
à fermentação do tempo
ao vício de se roer
sem garras puramente afiadas

destinou os barulhos surdos
e insensíveis do concreto
ofereceu a imensa euforia
de não se possuir, energia

queimou as cinzas
tornando-se oferenda para a dor
engoliu os pedaços mais sórdidos
das delícias, que estampavam aquele
velho olhar, que agora

habita o escuro do chavão deste vazio
ocular, que desmembra anseios anciões
do passado, um mostruário do desvio
vivenciado à insônia

pertencente
aos sonhos desconfigurados, por tempo
indeterminado, mas logo dissipados com
o mesmo tempo que não cessa a inócua
vontade de viver, mas permanentemente
existente.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

entorpecida
por tu ojos
desconfigurada
por mi hormona
emocional
estarrecida por
tener calor deste
tal desconocido

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

perdi a razão que criei
quebrei o castiçal de luz
estagnei a chuva dos fatos
traduzi pinturas rupestres
e nada entendi. sangrei com
o ar, e nada senti. desabrochei
e só peso senti, e embriagado fiquei
com o aroma desta atmosfera. sem
continuações aparentemente prósperas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

presa aos limites da cidade
a única luz permanente no
momento, que insisti por sua
existência, é: sentir a vida
por toda-completo. mesmo se
no meio de ações isso não
amadurecer a razão dos fatos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

somos: um
espermatozolóide
a fecundar o óvulo.

sábado, 24 de janeiro de 2009




foi dito uma vez numa dessas revistas femininas:
"...daqui pra frente você: mulher, se sentirá
mais segura, mais poderosa, mais firme, convicta,
mais forte e sobretudo, mais auto-suficiente, com
este método. basta apenas não deixaar que invadam
sua intimidade e, que não atravessem a fronteira
entre a rua, e o seu mundo criado e particularizado,
contudo, sagrado. o seu quarto."
encontrei um anjo
desses de carne
e osso. destes que
incorporam nosso
lado mais onírico
em seus corações.
esses que já
transcenderam a
visão terráquia
dos fatos. os que
não existem, mas
hesitam em não
deixar de pronunciar
o: sublime.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009



expansão da luz,
amiga minha, única
reservastes um mar
de ilusão e paz
para meu reencontro
e partida ao horizonte
que me aguardas
com o partitura dos
desejos meus, junto
à escada do paraíso
entorpecida senbilidade
auto-rejeição
loucura direcionada
à normalidade
paixão aspirante
abandono promíscuo
decisão levada às
dúvidas
interdição de si
agunia nos ossos
perdida e claustrofobica
transtorno emocional
desespero conturbado
lágrimas internas
220 volts de pertubação
instável
visóes insistentes
e cortantes
conspiração intermediada
por mim
prostraçào adulterada
prescrição massacrada
particularidade ameaçada
medicação contra-indicada
sonetos de suícidio
autenticados e despediçados
anos de solidão
seguido por um milésimo
acesso à pragas
curto circuíto psicológico
ausência, ausência, essência
chamas de de instintos
nostalgia, depressão
autorizada, opressão
vestígios de um ser
habitado por um corpo
sinais de falência
condicional
cólica melancólia
destúrbio: protagonista
alteração biológica
transgressão encubada
farrapo de desejos
direção baliada
escultura de Hades
no paraíso dos mortos
subjeção consignada
à fumaça
palavras d'encontro
ao acaso das retóricas
guiada pela auto-oposição
problematização estabilizada
projetos de uma cruz
do término.
só um ombro
cessaria
a pulsação
de meus lábios
em conjunção
com meu
espírito.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009



Foto: Felipe Roberto
sensibilidade encorporada
ápice do corpo
ilimitada mente
pulsa as glândulas
que nem existem e
me conhecem por dentro
à fora
a dimensão do lugar
e mais que isso
se encaixa em meus
olhos
capa de proteção
intragável e, necessária
passos de rato
desconfigurados
silêncio de um só lábio
compartilhado com os que
hablam
suor limpo, pelo menos é
isso que parece
pele seca, energia desviada
sonhos em aberto, foco direto
sinos musicam a pertubação
angústia flutuante
e, calma atira para a lucidez

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

look, mais sonhos hão de vir
instantes em instantes
instantâneos, nos reclames
pausados corpo a dentro.

e se, esses sonhos fossem
vestidos ao luxo do leão
[?
ou talvez, fantasiados dos
do mais profundo sentimento de
um escorpião
[?
não, e se fosse toda a perfeição
do interior de um virgem, com
uma pitada de mensagens ao intelecto
[?

todas as minúcias destes Sonhadores
do zodíaco, é encontrado analógicamente
nos sinais cinematográficos de
Bertolucci. que com muita provocação
constrói o universo de desejo e filosofia.

uma união quase que perturbadora, aos olhos
de quem vive tão longe do próprio mundo
intenso, espontâneo, sensual e. cheio de
particulares valores tão adormecidos para
hoje em dia, dia de pecados.

uma exposição onírica do mais profundo oculto
das peles aspirantes, com poros carnívoros e
inocentes e, disfarçados doutra compreensão
cotidiana. presentiando a sede de emoção voraz
fora de cena, além do que se estende da
insanidade dentro de nós, compartilhando ideais
unificados de elegância e rebeldia, tão
desviados de nossa força após as evidentes
agressões repressoras.




perfeitamente, com um
olhar apenas, apurado
o mesmo que se encaixa
com a imagem alcançada
somando um simples toque
de pureza no globo ocular

submersos na energia
sincronizada, compositora
da Era divina da vida
nos atamos ao espaço
universo, um grande laço
do oculto que rege a vocação
desconhecida da vida, nomeada
por dias de guerra destrutiva

tudo da seguinte conseqüência
de operarmos uma política
com filosofias distintas da
própria particularidade que nos
contém. esquecendo assim, do
do nosso auto-governo primordial
que diz respeito às nossas ex
centricidades

o rumo disso já se perdeu, até
pra nós que ainda conscientizamos
este rumo, que se tornou vacúo
por vezes, e trabalho na animalidade
do interior do mundo. que pouco resta
pela pobre dominação de um denso
estereótipo de exteriores.

causa-efeito de um aprendizado
desalinhado, e dessintonizado
às radios, tevês, e almas
por um interesse insensato de ego
mas, como projeto de busca
estendidos a quase um segundo
ainda bem que o tempo não importa
e sim, o que decorre dos acontecimentos
que não precisam ser datados, simplesmente
configurados.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

coração aflito:
grita! no silêncio
perpétuo da alma
se desfaz na euforia
que assedia sua pele
com o triste não
de sua sentença de
não expandir, e enlouquecer
de emoção.
coração aflito:
morre! na luz
que te encontra ao
fechar os olhos e,
prosseguir tua viagem
tão instigando
prosperando raios e
chuvas de harmonia.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

a inspiração me levou
ao nada ou,
o nada me levou
à inspiração
este barulho insurdino
me cegou
vento lento me arraste
desta furacão
me traga tua benção
meu deus.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

descaso, sonolência
eufórica
esquiva à inércia
às vagas lembranças
curiosas e duvidosas
sem perca de danos
e ganho energético
à espera dalguma resposta.
tolice, à espera
não espere!
esperando surgi um vacuolo
em seu ser, de que seria
composto? seria composto?
orgânico? seria meu ou, seu?
que seria o que se desenvolve?
seria volutariado por mim?
minha reação corporal?
teria algum sentido?
(ja ne se pa)

sábado, 3 de janeiro de 2009

aversão a solidão
restrição ao arrependimento
(não de forma literal)
convulsões as decepções
perigo respiratório
trava para a liberdade
falta de ambição casual
rompimento com o amor
consequencia para com a dor
desvios imprevistos
de desjos desencaminhados
falta de punho
audição fantasiada, ilusória
tom sensorial desregulado
tempo promovendo seu anulamento
dia descartando a luz
corpos resistindo ao real