sexta-feira, 25 de julho de 2008

são mil verbos que rolam pela cachola. são infinitas imagens, e de todas a que eu gosto mais é a do futuro. são reservas de gordura que encendeiam a angustia do passado. as histórias cultivadas, que só germinam com o Sol da noite de ontem. é o pensamento de tudo que nos leva, ou nos estagna, ao desejo de quaisquer sonho extraterrestre. sonhos presos, sonhos a solta, que correm de nós, ou, nos enjaulam sem nem percebemos. e atitudes que marcam, sem ao menos, termos um apreço por elas. são momentos aéreos que nos definem, olhares que bem controlamos. é o mundo externo que nos tem, e nos auto-destrói. ou, é ele mesmo que nos transforma para fins desconhecidos, sem ao menos nos compriender. é a tamanha piedade do mundo, que se converte em Luz, que nos traz esperança e.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

a mente humana enlouquece
enquanto nos enganamos,
aos poucos.

mesmo assim, tentamos
viver merecidademente
fatos de amor,
com aventuras
e pigmentos inspirantes.

claro,
se a história fosse ao contrário
de que viveriamos ?

terça-feira, 22 de julho de 2008

falta de sentimento: quando as palavras doem, e a solidão aperta; os olhos desapropriam a realidade de nossas vidas, tornando-nos parte de uma impreguinação profunda.
no mundo nada se entende, e se estende, no mundo inteiro. há cada partícula de átomo, o mundo se resumi em tudo que é indescritível, e imprevisível. em meados de fatos, e relativos fatos no ar da princesa e do ladrão. sem prepração alguma, as presas iniciam sua caça, antes que você se sinta. o Sol hoje, não ilumina mais os corpos gélidos dos humanos, pois, tampouco faz sentido a presença dele. e assim, nem música produz seu papel, em momentos de agúnia, nem trilha sonora envoca.

domingo, 20 de julho de 2008

vocês, aqui
palavras
hei de interrogá-las

por essa dura gota
de lágrima doce
que se intriga
com meus olhos

quase a fazer
meu corpo
derramar, e se desfazer.
liqüidando minha energia

neste momento
em que Netuno
atrai meu espiríto
à Lua, no horizonte do mar

(...)

submergindo a fundo
na devasta água
insana água, que me afoga
em frágeis sentimentos

transmitindo
em minha íris
o seu ser absoluto
dissolvendo por resto
meu chão de concreto

apenas podendo
sentir
teu ar
dominar o meu
teu ar
levando o meu

até hipnotizar
minha respiração
e arrepiar minha pele
sim, tudo congela
e encendeia, momentaneamente

até restar poeira dos pés
da sofredora
Vênus

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Capítulo Treze.

Passando por qualquer lugar, desmembrando o clima, o cheiro, os sons, e até as cores. O mundo continua à grande e inesperada, espera. Ao que esta ao lado, mas não satisfaz, ou talvez, não se vê. Pois, a evidência é a falta, ou, um vírus de ausência instálvel. Alguns sentimemtos que não passam, não se explicam, mas ficam à procura. À procura-desberta de quê ?
Um suspiro, que soa através da uma piração escondida.
de olhos abertos, tudo se expande, em meu espírito. tudo borbulha, ferve, queima. esse todo, parece ser loucura, loucura das bôas.

"mas, o que seria tudo isso ?
o que seria essas sensações ?
esses limites a se romper?
esses desejos a se hipnotizar?
e todas essas verdadeiras icógnitas ?"

os lábios pulsam, mas não me dizem nada, faz tempo. faz tempo que, isso.
acontece dentro de mim, algo que não se conhece, isso que impulsiona meu corpo, e paralisa.
nada comum, como as faltas de palavras, para momentos tão simples.
para esta, não-tão normal, Era.

logo Freud morreu, e nós enlouquecemos. lógico ?

terça-feira, 15 de julho de 2008

quando o Sol se opôs a Vênus, eu abotuei meus olhos, e todos os sentidos sensoriais, externos. e não sentia nada mais, além, do meu mundo interior, independente do que fosse, este tal mundo.

Golpe

Tudo isso me faz lembrar meu amor de 64, quando nem pensava em me apaixonar.
Quando nem tudo me mostrava um amor bonito, sincero e livre.
Mas, quando menos acreditei tudo aconteceu, de alguma forma, que eu nunca esquecerei.
Em 64, quando o amor estava em transformação, quando os ideais encorporavam algum sentido relutante e obstinador.
Foi no dia treze do cinco de mil novecentos e sessenta e quatro: eu descobri o prazer de viver o amor, que eu não via em nenhum rosto e casal, ou, quem sabe, em movimento.

Neste momento em que vagava pelas ruas, mal asfaltadas, percorrendo o olhar entre o céu e a terra, eu me perdia em pensamentos. Pensamentos insistentes e vagos. Naquele momento senti um suspiro em meu coração ao piscar, como se meus olhos dessem um flash na realidade, e eu a imprimisse em minhas veias. Sentindo tudo, tudo, tudo a minha volta. Claro, desvendando todas a imensidão dos sentimentos vividos há dezessete anos.

Enquanto o Sol iluminava minha pele, eu prosseguia o labirinto das emoções que doíam em meu ser. Me deparando com a esperança e o desapego de um todo material. Dessa forma, meus olhos se fecharam, mesmo que acordados, a ponto de atingir o infinito, que nunca havia reparado.

Os pés continuavam a mesma linha de percepção, sentindo cada pouco músculo de meu corpo, até me encontrar, me encontrar... Numa situação de maneira inexplicável: a energia cósmica que um ser transmitia em mim.

"a energia dos astros estariam a meu favor?"

E parecia que sim, até que essa história nunca teve fim.
O grande amor que suplica a minha alma e transborda em dimensão federativa.
 A felicidade de encontros realistas e fantasiosos, para, então, hoje em dia: encontros de energias impactantes ou até banais. Energias compartilhadas até o mundo não ter fim.
À espera de mais sentimentos e sentimentos. O quê, talvez, dê um sentido à vossa vida.

sábado, 12 de julho de 2008

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Há tempos atrás dizia não ser o que sou, mesmo sem definir ao certo o que era.
Porém, ao ser, apenas digo que sou, mutável, de coração aberto e translúcido.
À espera de algo que surge e se vai.



Os mesmos interruptores vivem acesos, os de meu pensamento, não param. Elétricos que são, não cansam, nem tem dó, mas, um dia hão de me levar para um lugar melhor, pois, eles não possuem cobrança, nem limite de valor. Vão por onde querem, não possuem fios condutores, apenas imaginação, que só possui limite no momento que em você os põe.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A chama da luz
que pulsa, que clama
ao encontra da:

proteção
existente, e
segurança reluzente.

Por toda liberdade
que pode
consistir num ser
e energia:

Até a transmutação.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Todo dia, todo dia.
Eu fico a criar meu cenário, figurino e falas.
Todo dia eu faço o meu filme, minha história, or not ?


Jornal Nacional

 - Agora vamos à cena do crime, em que roubaram um coração e deixaram o corpo estirado, jorrando sangue como se fosse em lágrimas. como se nada fosse. - afirma o jornalista.

"Assim abriram meu corpo e retiraram minh'alma, consumaram minha energia e proteção. Capturando minha pele até o infinito. No entanto as digitais deste crime, que não foste só um, continuam a vigorar na Rede Globinho."

(Imagens)

- Continuamos a seguir as pistas - diz o policial federal.

"Um perigo minucioso à deriva"

(Imagens)

sábado, 5 de julho de 2008

um dia frio
debaixo das cobertas 
um bom lugar para 
se desejar o que
está por detrás da porta.
Num sonho intranquilo, enquanto a Lua fina e longínqua brilhava entre meus nós de cabelos, me viro de maneira sutil, em meio a escuridão de tantos corações, e encontro dois olhos fortes, muy fuertes, me penetrando em um mergulho profundo.
 "Ah (suspiro), os olhares que me têm, olhares que passam, olhares que marcam, olhares que não só olham...". Mas não, apenas eram olhares meus, ingênuos e desprovidos de intenções.
Então fujo destes olhares que me mastigam por dentro e, insegura, procuro inspiração.
"Ó, ilusão... Humana".

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ponto de ônibus

Uma menina miúda vestia listrado, um macacão listrado e bem florido, um alegre macacão que a cobria da cabeça aos pés. Estava na Rua Duque de Caxias, aguardando um ônibus embaixo de um calor de 40º.
Ela suspirou e disse sozinha " a vida não é fácil, mas é viciante", (...)  pensou consigo mesma "e após algum tempo, continuamos no mesmo lugar, ouvindo nossos sons internos, o tic tac do ponteiro, descobrindo que somos dependente da vida-energia até o último instante".
O velho ao seu lado, sussurra em seu ouvido:
- Há muito o que dizer sobre a vida, mas não há nada melhor do que viver. Seja leve, seja pura, pois assim partilhamos da inspiração para transformar as desilusões e desventuras.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Profundezas: mire lá no fundo, 
no fundo da cabeça. 
Bem no meio dos dois cérebros:
O que há? 


Há um poço sentimental 
onde reside uma célula-humana. 

Este ser que continua a receber
mensagens nervosas d'outro. 
Tenta se segurar e equilibrar 
num pequeno vácuo do pensar. 

Para não explodir, por pena, 
de outro corpo coitado.