e eu tenho uma saudade aguda
vontade de voar
de viver, de pular e gritar
de me semear às pessoas
mas meu coração se afaga
porque ele próprio não se alcança
somente se lança
deseja sempre viver duas vezes
e esse vício pela vida o entorpece
cada vez mais
o faz perder o sugo do prazer
num lance de segundo engolido
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
meu sonho (não) ofusca
pelos que aqui não acreditam
e complicam o mundo
o ritmo alucinante dos cargueiros
entorpece os mais velhos
os mais novos de alma
afoga por completo o desfecho
previsto e enfeitado de vida pura
o medo atormenta e é dissipado
para o infinito da terra ocre
meu desejo não se exprime
com íntegra sensibilidade
mas vadia pelo meu corpo fatalmente
me seduz e diz:
e faz: com que seja seu
na plena luz do alvorecer
e me promete a saúde-felicidade
pelos que aqui não acreditam
e complicam o mundo
o ritmo alucinante dos cargueiros
entorpece os mais velhos
os mais novos de alma
afoga por completo o desfecho
previsto e enfeitado de vida pura
o medo atormenta e é dissipado
para o infinito da terra ocre
meu desejo não se exprime
com íntegra sensibilidade
mas vadia pelo meu corpo fatalmente
me seduz e diz:
e faz: com que seja seu
na plena luz do alvorecer
e me promete a saúde-felicidade
e acordo a vida com alegria
lateja um sopro de dor, a ventania
o tormento
a visão abominável dos fatos
o terror embassado nos óculos escuros
eu tive medo àquela hora
eu tenho medo
mas meu medo não supre meu-eu
vencedor
os ruídos dos que estão defecando
me assusta como o que foi morto
na esquina
mas, no fundo, o bom, é que, resiste
a verdade dentro de mim
ela não se perde nas confusões
de outrem
e eu saldo a vida
dô um pulo para o oceano, o alto da
esperança, e
mergulho na paisagem, por
entre as nuvens,
navego com os que tem asas
e acordo a vida com alegria
o tormento
a visão abominável dos fatos
o terror embassado nos óculos escuros
eu tive medo àquela hora
eu tenho medo
mas meu medo não supre meu-eu
vencedor
os ruídos dos que estão defecando
me assusta como o que foi morto
na esquina
mas, no fundo, o bom, é que, resiste
a verdade dentro de mim
ela não se perde nas confusões
de outrem
e eu saldo a vida
dô um pulo para o oceano, o alto da
esperança, e
mergulho na paisagem, por
entre as nuvens,
navego com os que tem asas
e acordo a vida com alegria
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
meu corpo incha, explode os problemas.
surtam os gritos desmazelados da dor.
o medo se contrai no meio do clímax: não há o que fazer.
os pés fogem, esperançosos
a pele rasga, inocentemente
os olhos declamam, romanticamente
as unhas quebram, aflitas
os cabelos queimam, preocupados
os pêlos gemem, assustados
e o corpo se desintegra na esquina
o inferno se revela, e ridiculariza o que vê.
impulsiona a alma, a minha, pobre coitada, para o céu.
expulsa a nuance, mal representada, do mal.
surtam os gritos desmazelados da dor.
o medo se contrai no meio do clímax: não há o que fazer.
os pés fogem, esperançosos
a pele rasga, inocentemente
os olhos declamam, romanticamente
as unhas quebram, aflitas
os cabelos queimam, preocupados
os pêlos gemem, assustados
e o corpo se desintegra na esquina
o inferno se revela, e ridiculariza o que vê.
impulsiona a alma, a minha, pobre coitada, para o céu.
expulsa a nuance, mal representada, do mal.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
começo a não saber o que quero, e o que isso se desfaz de mim.
permito a distância entre o que sou, e o que quero.
não traduzo essa relação a uma igualdade, mas a uma mera compatibilidade.
me concedo a liberdade que ninguém acredita existir.
os outros falam pra eu não continuar dessa forma, que eles me daram uma força para vencer esse conflito.
dizem para eu não confiar minhas verdades aos demais, pra não provocar julgamentos inférteis nas bocas de outrem.
mas se eu for me preocupar com todos esses pré-requesitos, para uma próspera exposição social, que a todos enganam, eu não viverei naturalmente quem sou.
será melhor deixar engolir a verdade pelos outros, ou escanrá-los ao que lhes assustam e repudiam?
permito a distância entre o que sou, e o que quero.
não traduzo essa relação a uma igualdade, mas a uma mera compatibilidade.
me concedo a liberdade que ninguém acredita existir.
os outros falam pra eu não continuar dessa forma, que eles me daram uma força para vencer esse conflito.
dizem para eu não confiar minhas verdades aos demais, pra não provocar julgamentos inférteis nas bocas de outrem.
mas se eu for me preocupar com todos esses pré-requesitos, para uma próspera exposição social, que a todos enganam, eu não viverei naturalmente quem sou.
será melhor deixar engolir a verdade pelos outros, ou escanrá-los ao que lhes assustam e repudiam?
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
perdi todos meus amigos, já nem ligo pra mim.
você pode pensar: 'nossa, mas que visão turva das coisas'.
mas isso também pode ser uma realidade.
de muitos, e mesmo se for de poucos, a verdade disso não se reduz.
já não tenho quem me acompanhe, me desapeguei de todos.
muitos não me aprovam, mentem pra mim, ou se escondem atrás do que desejam de si.
disfarçadamente se sustentam na companhia que ofereço, alimentam-se de mim sua fome.
não posso conviver com isso, não posso esquecer ao que eles se sucumbem.
mal quero que isso se aproxime de mim.
e já que ninguém me leva a sério, ninguém acredita em mim.
tanto faz. ficar aqui sozinha, ou com eles.
e agora, posso parecer um animal esquisito, um louco extremista morto pela solidão.
sou feito do que se esquivam, aquilo que queima a pura inocência.
na verdade, tudo isso é um preconceito primitivo, de quem não suporto a dor da realidade.
você pode pensar: 'nossa, mas que visão turva das coisas'.
mas isso também pode ser uma realidade.
de muitos, e mesmo se for de poucos, a verdade disso não se reduz.
já não tenho quem me acompanhe, me desapeguei de todos.
muitos não me aprovam, mentem pra mim, ou se escondem atrás do que desejam de si.
disfarçadamente se sustentam na companhia que ofereço, alimentam-se de mim sua fome.
não posso conviver com isso, não posso esquecer ao que eles se sucumbem.
mal quero que isso se aproxime de mim.
e já que ninguém me leva a sério, ninguém acredita em mim.
tanto faz. ficar aqui sozinha, ou com eles.
e agora, posso parecer um animal esquisito, um louco extremista morto pela solidão.
sou feito do que se esquivam, aquilo que queima a pura inocência.
na verdade, tudo isso é um preconceito primitivo, de quem não suporto a dor da realidade.
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