sexta-feira, 18 de maio de 2012

por um triz
a loucura me olhou
de lado 
sussurrou 
e disse adeus

terça-feira, 15 de maio de 2012

há tanto vejo páginas em branco
faz tanto que perdi a curva de minha inspiração
dia a dia sinto os rastro das letras
mal deixo que se tornem palavras
elas retornarão à mim
ou, eu retornarei à elas
o mundo nos engole em um segundo
e deixamos por perder nossa singularidade
nessa vida não há preço maior
ser quem queremos ser

quinta-feira, 10 de maio de 2012

fazer, fazer, deixar acontecer não; fazer pra ontem, anteontem, hoje no mais tardar. 
ninguém espera, a sociedade impera: não há mais tempo, por que esperar? 
estamos aqui sãos e salvos, temos vida de sobra, que seja feito, que o tempo não espera, somente corre.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

minha casa anda deprimida, os cômodos à meia luz, os animais só dormem, tentam me dizer alguma coisa, e eu nada ouço. parece que ontem pousou um urubu na varanda, e quase se familiarizou com o espaço. a torneira pinga insistentemente, molhando o mármore para que não fique seco, até a geladeira já começou a produzir fumaça, e eu já não sei o que faço, parece que os móveis estão confabulando uma rebelião. e eu permaneço estática.