sexta-feira, 10 de junho de 2011

tô precisando desabafar.
faz tempo que, nada do que eu digo faz sentido.
é tudo mentira o que eu digo, pra mim mesma, olhando pra você, pedindo um minuto de atenção.
tem alguém aí pra me ouvir?
tô me sentindo um bicho, metamorfoseado em mil deles.
ando me perdendo na imensidão de ser alguém.
acendo um quilo de cigarros e nada me vêm, só essa exatidão aguda da vida.
tenho estado confusa, sem reação, sem paradeiro.
tudo é válido, tudo é decepção. tudo é tudo, nada. tudo é decadência. tudo é o Sol.
se eu ouvisse pelo menos uma voz, algo, o calor de uma palavra.
mas eu me tornei pó. e faz apenas alguns segundos, mas parece uma eternidade, parece sem saída. e são centenas de portas por aí.
entro em cada uma, e não sei mais como voltar pra casa. só me lembro do prazer de estar com a minha coberta, e alí permanecer em paz.
eu estou bem, não ache que é o fim. é só que agora é. mas todo fim tem um começo, e vice-versa.

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