quarta-feira, 15 de junho de 2011

há um tormento que não me deixa dormir; mentira: há uma desculpa que não me deixa descansar.
quando estou prestes a fechar os olhos, logo me vem um mosquito me dar um recado.
agora você não terá bons sonhos; espero quinze minutos.
os quinze minutos me dão fome. me seguro, mas ando até a cozinha.
na prateleira da geladeira só tem ovos e leite, então deixo pra comer no café da manhã.
volto pra cama. que é tão espaçosa, aconchegante, e quentinha.
deixo passar, sem perceber, mais dez minutos.
no mesmo instante, na internet, vejo um vestígio do passado: calafrio e paralisia.
encaro os fatos, e espero mais vinte minutos até esquecer o tropeço.
mas se meu coração apertar, nem uma noite inteira adiantará.

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