quarta-feira, 12 de maio de 2010

eu vivo fugindo
nunca me sinto presa
minha liberdade
me resgata da dor
eu vivo me perdendo
nunca me sinto no lugar
minhas tentativas
transformam minha angústia
eu vivo em outra órbita
nunca sinto meus pés no chão
minha alienação
aumenta meu sofrimento
eu vivo ansiosa
nunca sei quanto esperar
minha inquietação
diminui meus dias de vida
eu vivo pensando
nenhuma idéia possui um fim
minha insistência
consome meu corpo, a paz, minha alma
eu vivo acelerada
nunca sei a hora de parar
meu ponteiro ilimitado
me faz errar excessivamente
eu vivo sendo muito eu
sempre escuto reclamações
minha autenticidade
faz as pessoas se assustarem

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