quarta-feira, 2 de junho de 2010

Eu sei porque me sinto tão distante do mundo, como se meus pés estivessem fora do chão, e eu fosse uma espécie de absurdo: louca.
Eu não me encontro no mundo, é constante, não me encontro, apenas me perco, é constante.
O mundo me faz perder-me de mim.
Faz-me perder a sensibilidade que exalo em meu mundo.
Eu vivo submersa na sensibilidade, e gosto assim de viver, amo.
Sem sensibilidade eu não sou nada. Sou como todos os outros.
Não! Ser como os outros não!!
Não quero, não posso!
E é uma armadilha. Ser sensível e viver com o mundo.
O mundo nos faz perder a sensibilidade, heis o desejo do mundo. Heis o vilão.
Rouba nossos corações, nossa integridade. Rouba! Rouba! Rouba!
O mundo tem que ser medíocre para continuar em pé.
A cidade tem que ser ignorante para continuar.
O homem tem que ser pobre para seguir sua vid(inh)a!
O mundo se auto-destrói. E nós que somos o mundo. Destrói-nos. Destrói! Destrói!
E você que acha que enxerga, está cego, miope, mudo, sem voz, sem dialogo, sem nada!
Só lhe resta as roupas, os trocados nos bolsos.
Só lhe sobra uma conta bancária, uma prisão sócio-econômica. E lojas! Lojas! Lojas!
Um minuto de atenção, exercite. Observe, contemple, mire, concentre.
E veja o que lhe resta do cotidiano vasto.
Enxugue seus sentidos. pouco lhe sobrará.
Tente instituir uma nova idéia, tente inovar, você fracassará!
Todos fracassamos, todos os dias.
Somos quase nada movidos a poluição.
Eu sei, você que chegou até aqui, e nem está entendendo o que falo, ou acha que está, não está!
Nascemos e desaprendemos, nos desprendemos da divindade.
Construímos seres erráticos. Manipuladamente educados.
Destituídos da divina sabedoria.
Tudo que sabemos não é nada, porra nenhum. Tudo convenção! Tudo criado, formulado.
Isso que eu quero informar, reformar, tranformar, me revoltar, não tem fim.
Quem sabe você tome nota disso, da gravidade, da agressividade, do grau de complexidade.
Porque nem eu ainda tenho noção.

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