domingo, 9 de maio de 2010

me via sozinha
semelhante a ser abandonada
mas não foi assim
e sentia como se tivesse sido presa
numa imensa escuridão
era de quebrar os ossos e criar aflição
de perder o sentido
e não saber mais o que é horizonte
um drama nocivo
nesse cenário eu me perdia regularmente
dia a dia uma nova confusão
um mistério latente sobre a origem de tanto mal
um certo dia raro que durou 72 horas
eu presenciei a morte rente ao meus olhos alagados
frame a frame eu sentia a morte do meu lado
o desespero era crescente
só o que restava dentro de mim era uma vida insustentável
nada fazia mais efeito
só um sepultamente progessivo, e já em lapsos descontínuos
o passado se rompeu de mim
e assim prosseguia viva inconscientemente
daquele momento em diante nasceu uma outra pessoa
que nem eu conhecia, e ainda desconheço
ainda paira o mistério sobre mim
mas a vida adquirida depois do pesadelo acordado é recompensante

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