domingo, 30 de maio de 2010

me deparo com o medo íntimo
ou o medo tátil
e, ou até o medo conceituado

todos nós sentimos medo
medo! medo! medo! medo!
um buraco concebido pela sociedade

depois de tanta agressão
meu corpo se aflinge
com a proximidade de outrens

acho tosco.
mas tornei-me uma ostra
em decorrência dos fatos

me conformo.
não transcendemos ainda
nossa condição humana

e berro.
todos nós vivemos a mesmice alheia
ninguém está acima ou abaixo, todos!

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