terça-feira, 8 de dezembro de 2009

interior
vazo pelo infinito
dentro do céu úmido
me limpo
poro a poro
de gota em gota
me cristalizo
em silêncio
o corpo se tornou um
no opaco vazio
e também cheio de mar
pinto jóias, as visto
e nua me vejo
meu corpo fortalecendo
na própria fraqueza
meu sexo nada dizia
mesmo tudo querendo
fazia frio, um frio cálido
mas ninguém sabia
só o vento e eu
só o sobrenatural mais eu
vou me desencaixando delicadamente
deste instante
e me atenho ao abismo

Nenhum comentário: